Rio de Janeiro — A madrugada de terça-feira (28/10) marcou o início da maior ofensiva policial já realizada no Rio de Janeiro. Batizada de Operação Contenção, a ação mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares para cumprir mandados contra lideranças e integrantes do Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital.
Foram 24 horas de intensidade máxima, com tiroteios, explosivos e drones adaptados para lançar granadas contra as forças de segurança, um recurso inédito em operações dessa dimensão no estado, segundo a Polícia Civil.
Leia também
-
PCERJ vai investigar quem retirou roupas de guerra e armas de corpos
-
Amanhecer de horror na Penha: moradores exibem corpos em praça pública
-
Rio: alguns corpos achados em mata estavam com roupas “de guerra”
-
Corpos na Penha têm tiros na cabeça e facadas, dizem moradores
O balanço final divulgado pelas autoridades na quarta-feira (29/10) contabilizou 119 mortos — 115 suspeitos e quatro policiais — e 113 presos, além de 118 armas, 14 artefatos explosivos, munições e toneladas de drogas apreendidos.
Território sob cerco e fuga para a mata
Segundo a Polícia Civil, o plano foi deslocar o confronto para áreas de mata da Serra da Misericórdia, reduzindo o risco a moradores. A estratégia resultou em intensos combates, em regiões de difícil acesso, e número elevado de mortos na mata que divide os dois complexos.
Na manhã de quarta (29), moradores começaram a retirar corpos do local e levá-los para a Praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, onde dezenas deles foram enfileirados em sacos pretos para reconhecimento. Há relatos de marcas de tiros e ferimentos por arma branca.



Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Pressão política e narrativas em disputa
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, classificou a operação como “o maior baque da história do Comando Vermelho”. Ele e o secretário de Segurança Pública afirmaram que os mortos eram integrantes armados da facção e que o planejamento buscou evitar vítimas inocentes.
“Quem optou pelo confronto foi neutralizado”, disse Curi na coletiva.
Por outro lado, moradores e organizações de direitos humanos apontaram excessos, classificando a ação como “massacre” e cobrando investigações independentes sobre eventuais execuções.



Megaoperação no Rio deixa mais de 64 mortos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Cadáveres serão recolhidos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Corpos enfileirados na Praça São Lucas
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles









