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Escolas cívico-militares: TCE recomenda anular edital para monitores

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Escolas cívico-militares: TCE recomenda anular edital para monitores

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) recomendou a anulação do edital para a contratação de monitores para escolas cívico-militares em São Paulo.

No documento, do dia 30 de setembro, o técnico Marcos Massayuki Yoshimine, representante do Departamento de Instrução Processual Especializada (Dipe), afirmou que o edital não tem previsão orçamentária e apontou irregularidades no processo de contratação de monitores.

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Um dos pontos levantados é a questão do programa prever um pagamento aos monitores militares seis vezes maior do que o recebido por monitores civis — que chegam a receber menos de um salário mínimo — sendo que devem exercer o mesmo papel em um ambiente escolar.

Além disso, Yoshimine afirmou estranhar o fato de haver um monitor chefe para um ou dois monitores comuns, sendo que os chefes receberão diária 10% maior que os demais.

“Contudo, em se tratando de despesa custeada com dinheiro público, é preciso bom senso no momento de concretização da ação governamental, tendo como parâmetros os princípios da eficiência e da economicidade, para evitar um ônus excessivo e injustificado ao erário”.

“Me parece totalmente desarrazoada a proporção de 1 (um) monitor chefe para cada 1 (um) ou 2 (dois) monitores”, completa.

Por fim, o modelo de contratação também não foi aprovado pela análise do departamento. Na visão dos técnicos, os cargos de monitores têm atribuições “essencialmente burocráticas, técnicas ou operacionais, distanciando-se do conceito de direção, chefia e assessoramento” e, por isso, devem ser ocupados a partir de um processo seletivo e não por nomeação.

Além disso, questiona o fato de a secretaria pretender fazer as contratações baseadas em apenas análises de currículos e entrevistas, sem a aplicação de provas objetivas ou discursivas.

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No dia 3 de setembro, o TCE já havia decidido por suspender a contratação de policiais para o Programa Escola Cívico-Militar, da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

À época, a suspensão representou o quarto adiamento da militarização das escolas estaduais. A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) previa que os agentes começassem nas unidades no dia 8 de setembro.

O TCE-SP aceitou o pedido de liminar apresentado por parlamentares do PSol que questionavam, entre outros, a falta de informações e planejamento financeiro envolvendo a contratação dos agentes.

Os adiamentos do projeto

 

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