Os Estados Unidos realizaram três ataques letais contra quatro embarcações no Oceano Pacífico Oriental. A ofensiva, empreendida pelo Departamento de Guerra dos EUA com mísseis e bombardeios, resultou em 14 mortos e apenas um sobrevivente. O governo norte-americano divulgou a ação nesta terça-feira (28/10) e afirma que todos que estavam a bordo dos barcos eram “narcoterroristas”.
O governo do presidente Donald Trump chega à 11º ofensiva em águas internacionais contra embarcações que navegam no Caribe, próximo à costa venezuelana e no Oceano Pacífico, próximo à América Latina.
Segundo o Secretário de Guerra, Pete Heghseth, as quatro embarcações eram operadas por “organizações terroristas que traficavam narcóticos no Pacífico”.
“Oito narcoterroristas estavam a bordo das embarcações durante o primeiro ataque. Quatro estavam a bordo da embarcação durante o segundo ataque. Três narcoterroristas estavam a bordo da embarcação durante o terceiro ataque. Um total de 14 narcoterroristas foram mortos durante os três ataques, com um sobrevivente”, informou o secretário de Guerra.
Veja o ataque:
Yesterday, at the direction of President Trump, the Department of War carried out three lethal kinetic strikes on four vessels operated by Designated Terrorist Organizations (DTO) trafficking narcotics in the Eastern Pacific.
The four vessels were known by our intelligence… pic.twitter.com/UhoFlZ3jPG
— Secretary of War Pete Hegseth (@SecWar) October 28, 2025
O ataque ocorre em meio à escalada das tensões com a Venezuela, com navios de guerra norte-americanos montando um “cerco” próximo ao país sob a justificativa de combater o narcotráfico.
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Durante esta ofensiva no Pacífico, nenhum fuzieleiro naval dos EUA saiu ferido. No que diz respeito ao sobrevivente, a Marinha norte-americana iniciou o protocolo de busca e resgate, mas, posteriormente, a missão seguiu com autoridades mexicanas, que aceitaram a missão e ficaram com a responsabilidade de salvar o rapaz.
Além das ofensivas marítimas, nas últimas semanas Trump autorizou “ações letais” da Agência Central de Inteligência (CIA) na Venezuela. O governo venezuelano condenou esta atitude e afirmou que os EUA preparam uma uma operação de “bandeira falsa” para justificar uma agressão militar ao país.
Ofensivas
Desde agosto, os EUA empreendem ofensivas navais com o suporte de caças F-35, lançando mísseis e bombardeios em embarcações que estão supostamente envolvidas em contrabando de narcóticos, no entanto, Trump ainda não expôs provas concretas.
Recentemente, o porta-voz do Departamento de Guerra, Sean Parnell, anunciar o envio do porta-aviões Gerald R. Ford Carrier Strike Group ao Caribe. O Gerald é o maior porta-aviões do mundo em operação e se juntará a uma frota de navios de guerra que já está no Caribe, especificamente em Porto Rico. A embarcação será usada para o treinamento de fuzileiros navais para “combater o narcotráfico”.
