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Falso psicoterapeuta é condenado por estupros com uso de drogas

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Falso psicoterapeuta é condenado por estupros com uso de drogas

Um falso psicoterapeuta que atuava como guru na França foi condenado na terça-feira (30/9), em Montpellier, no sul do país, a 18 anos de prisão. Sob o pretexto de praticar o poliamor, ele cometeu estupros contra seus seguidores após o uso de drogas alucinógenas.

Por decisão do Tribunal Penal de Hérault, Jorge M.C., de 51 anos, líder de uma seita, foi condenado por estupro e abuso de pessoas vulneráveis, membros da comunidade da qual era considerado líder absoluto. Ele deverá cumprir pelo menos 12 anos em regime fechado. A sentença é dois anos inferior à pena máxima de 20 anos que ele poderia teoricamente enfrentar.

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A decisão está alinhada com as alegações apresentadas na segunda-feira (29) pelo procurador-geral Jean-Luc Beck.

Jorge M.C. está em prisão preventiva há quatro anos e tem dez dias para recorrer da sentença.

O tribunal considerou o réu culpado por usurpar o título de psicoterapeuta, liderar uma associação com características sectárias — a Athanor, fundada por ele em Montpellier — e submeter quatro seguidores à coação física e psicológica em um apartamento compartilhado. Nesse ambiente, ele os encorajava a manter relações sexuais sob efeito de LSD e ecstasy, drogas alucinógenas potentes.

Os juízes também o condenaram por estuprar uma jovem de 23 anos durante uma “massagem tântrica”, quando ela frequentava a comunidade. No tribunal, a vítima relatou ter se sentido forçada a “passar por momentos difíceis” para satisfazê-lo.

Jorge M.C. foi ainda considerado culpado por estuprar uma ex-companheira que trabalhava com ele na Athanor. Inicialmente processada por cumplicidade, a mulher — hoje com cerca de cinquenta anos — foi absolvida e entrou com uma ação civil, alegando posteriormente também ter sido vítima de estupro sob influência do ex-guru.

Além disso, os juízes o consideraram culpado por estuprar duas ex-enteadas quando ainda eram menores de idade, e por abusar da própria filha.

Antes da deliberação final, Jorge M.C. declarou: “Peço desculpas a todos por ter sido um idiota obscuro que nunca quis estar errado. Imagino que sempre lhes dei uma escolha”, acrescentou.

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