As unhas em gel e alongamentos já geraram alguns debates nas redes sociais sobre fazer mal ou não para a pele e unhas. Além de existirem questões de saúde sobre pessoas adultas utilizarem, os produtos e cabines de luz ultravioleta podem gerar riscos à saúde, principalmente de crianças.
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O caso voltou a ser debatido após a influenciadora digital Virginia Fonseca mostrar as filhas Maria Flor, de 3 anos, e Maria Alice, de 5 anos, fazendo as unhas enquanto se preparavam para o aniversário da mais nova, celebrado na última quinta-feira (23/10).
O Metrópoles conversou com o médico Joaquim Xavier, dermatologista do Hospital Sírio-Libanês de Brasília. Ele explicou que as cabines de LED emitem radiação ultravioleta A que pode penetrar na pele, causando danos cumulativos.
Os principais riscos, segundo o profissional, são o envelhecimento precoce da pele, levando a rugas, manchas e ressecamento nas mãos; danos celulares e câncer de pele, se houver exposição acumulada; e irritações e fotoalergias, podendo causar vermelhidão, coceira ou reações alérgicas em peles sensíveis, especialmente se combinado com produtos químicos do esmalte.
Além disso, Joaquim destaca que as crianças ficam mais expostas aos malefícios devido à pele ser mais fina, sensível e em desenvolvimento, absorvendo mais radiação e químicos. “A exposição à UVA pode interferir no crescimento celular e aumentar a vulnerabilidade a danos a longo prazo. A pele infantil tem menos melanina protetora, tornando-a mais suscetível a queimaduras, irritações e mutações DNA.”
Evitar o uso de esmaltes na infância
A dermatologista Ana Regina Trávolo destaca que o ideal é evitar uso de esmaltes na infância, porque podem conter substâncias que interferem no crescimento do pequeno e podem causar dermatite.
“Os esmaltes tradicionais contêm químicos tóxicos que, em crianças, podem ser ingeridos (por chupar dedos/unhas) ou absorvidos pela pele fina, gerando irritação ou intoxicações”, emenda Joaquim.
Proibição na Europa
Na Europa, desde setembro deste ano, está proibida a venda e o uso de unhas de gel com os compostos Trimethylbenzoyl Diphenylphosphine Oxide (TPO) e Dimethyltolylamine (DMTA).
A Comissão Europeia justificou a medida com base em estudos que apontam riscos de infertilidade e prejuízos ao desenvolvimento fetal relacionados ao uso dessas substâncias. O TPO, por exemplo, é um dos responsáveis pela diferença de brilho, durabilidade e resistência das unhas em gel.
