O filho do serial killer de Planaltina, preso preventivamente na operação que investiga uma morte brutal, ocorrida em 2020, agradeceu aos agentes da Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP) pela prisão do pai.
A coluna Na Mira apurou que ele relatou aos investigadores que “rezava todos os dias” por isso, pois tinha medo de que Joaquim Damaceno Silva (foto em destaque), de 47 anos, matasse o adolescente, 13, e a mãe dele.
A esposa do serial killer também vivia com medo e só aceitou falar com os agentes da CHPP por causa da prisão temporária de Joaquim, que ocorreu na última sexta-feira (24/10). Ela foi uma das testemunhas chaves na investigação.
Veja imagens da prisão:
Homicídio brutal
Apelidado de Serial Killer de Planaltina, por emboscar e matar vítimas bêbadas com facadas, Joaquim Damaceno Silva foi dono de um bar e, atualmente, trabalhava como pedreiro. Joaquim é apontado como um assassino “frio e calculista”, conhecido por agir com covardia, de surpresa e se aproveitando da embriaguez de suas vítimas.
Sua prisão ocorreu no âmbito da Operação Thanatos, que investigava a morte de Ray Ribeiro dos Santos, cujo corpo foi encontrado carbonizado em abril de 2020. A investigação da PCDF, que culminou em sua captura, elucidou o homicídio brutal.
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Joaquim, que era dono de um bar, matou um cliente que estava embriagado e atrapalhando o jogo de sinuca de seu amigo. Ele e um comparsa deram várias facadas na vítima.
Após o crime, lavaram o chão do bar e levaram a vítima ao Córrego do Arrozal, onde atearam fogo ao corpo. Os autores foram indiciados por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
O relatório da perícia, ao qual a coluna teve acesso, afirmou que Ray foi assassinado mediante emprego de, ao menos, um instrumento com lâmina e de ponta afiada, em ação perfurocortante e/ou cortante.
Além disso, os peritos disseram que também foi utilizado um objeto em ação contundente. Sobre a carbonização, os agentes cravaram que o corpo foi queimado após o assassinato.
Outros envolvimentos
As investigações apontaram ainda que Joaquim foi autor de, pelo menos, outros dois homicídios. Em 2018, ele teria matado outro cliente, dentro de seu bar, dessa vez por ciúmes.
A vítima, um homem de 37 anos, teria piscado para a esposa de Joaquim, e o autor, movido por ciúmes, armou uma cilada para a vítima dizendo que o levaria para sua casa, pois estava muito bêbado.
No trajeto, Joaquim parou também no Córrego do Arrozal, dizendo que iria urinar. Quando a vítima estava de costas, desferiu diversos golpes de facão. A família da vítima havia registrado seu desaparecimento.
Joaquim foi formalmente indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e está sob análise do Ministério Público aguardando o oferecimento de denúncia. O homem foi confrontado pela Polícia Civil com as provas produzidas e confessou o crime.
Já em 2023, Joaquim matou um vizinho de 30 anos que costumava beber e andar nu em sua própria casa. Isso teria irritado o homicida, que armou uma cilada para a vítima, convidando-a para beber em sua casa.
Quando o vizinho estava distraído, Joaquim deu um golpe com um podão em seu pescoço. A vítima correu pedindo socorro, mas morreu preso a uma cerca de arame farpado nas redondezas.
Em ação conjunta com a Delegacia de Homicídios de Planaltina de Goiás, o crime também foi solucionado. A delegada responsável pelo caso indiciou Joaquim por homicídio qualificado e representou por sua prisão preventiva. Confrontado com as provas produzidas, Joaquim também confessou o crime.
A Polícia Civil do Distrito Federal optou por divulgar a imagem de Joaquim para descobrir possíveis novos crimes praticados pelo homem. A PCDF solicita que qualquer pessoa que reconheça o autor ou que tenha informações sobre outros crimes, que entre em contato por meio do Canal de Denúncias 197. A ligação é gratuita e o sigilo, absoluto.



Divulgação/PCDF
Divulgação/PCDF

