A disputa judicial em torno do espólio de Cid Moreira ganhou um novo capítulo. Os filhos do jornalista, morto em outubro de 2024, apresentaram nesta segunda-feira (29/9) uma representação ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra a viúva, Maria de Fátima Sampaio Moreira. O pedido é para instaurar inquérito por possíveis irregularidades ligadas ao inventário, ao recebimento de pensão e também por supostas condutas de caráter homofóbico.
Segundo revelou o portal Leo Dias, os herdeiros afirmam que Maria de Fátima se declarou única dependente no INSS, o que lhe garantiu integralmente a pensão por morte, sem mencionar a existência dos filhos. No processo de partilha, ela também teria informado ser a única herdeira, omitindo bens avaliados em alto valor, como imóveis, obras de arte e aplicações financeiras.
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O documento entregue ao MP descreve ainda que a viúva retirou objetos da casa onde vivia com Cid, movimentou contas bancárias e assinou contratos relacionados ao patrimônio sem qualquer autorização judicial. Há registros anexados que mostram a própria Maria de Fátima reconhecendo, em e-mails, a retirada de bens do imóvel.



Cid Moreira
Reprodução/Instagram
Cid Moreira e Fátima Sampaio Moreira
Instagram/Reprodução
Da esquerda para a direita: Rodrigo, Cid e Roger Moreira
Os filhos destacam também um episódio considerado especialmente grave: um deles, homossexual, teria sido pressionado pela madrasta a devolver quantias recebidas do pai ainda em vida. Essa cobrança, segundo o relato, foi acompanhada de ofensas homofóbicas, usadas para intimidá-lo emocionalmente e expô-lo socialmente.
Assinada por Roger Felipe Naumtchyk Moreira e Rodrigo Razendev Simões Moreira, com representação do advogado Francisco Ângelo Carbone Sobrinho, a peça pede que o MP adote medidas urgentes, garantindo o sigilo do caso e, se confirmadas as denúncias, mova ação penal contra Maria de Fátima.


