A disputa pelo patrimônio deixado por Cid Moreira ganhou um novo capítulo. Os filhos do apresentador, Roger e Rodrigo Moreira, protocolaram um pedido no Ministério Público do Rio de Janeiro para ser aberta uma investigação criminal contra a viúva, Maria de Fátima Sampaio Moreira. Segundo os irmãos, ela teria se apropriado de bens avaliados em mais de R$ 100 milhões enquanto o jornalista ainda estava vivo.
O documento, obtido pelo Uol, levanta uma série de acusações contra Fátima, entre elas enriquecimento ilícito, sonegação fiscal, ocultação de patrimônio, uso de “laranjas”, além de possíveis irregularidades em transações imobiliárias e empresariais.
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A defesa dos filhos, representada pelo advogado Ângelo Carbone, afirma que há incompatibilidade entre o patrimônio acumulado por Fátima e os rendimentos que ela declara oficialmente. Para embasar a denúncia, dois peritos foram contratados e elaboraram relatórios com base em uma investigação conduzida por um detetive particular.
Segundo o material anexado, há indícios de que imóveis pertencentes a Cid Moreira foram vendidos por valores abaixo do mercado. Um dos exemplos citados seria o de uma casa negociada por R$ 1 milhão, embora o imóvel tenha sido avaliado em R$ 4 milhões por profissionais do ramo imobiliário. O pedido também menciona empresas suspeitas de funcionar como fachada e a possível participação de familiares e de uma contadora ligada à viúva.
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Cid Moreira e a viúva, Fátima Sampaio, são clicados durante evento
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Cid Moreira e Fátima Sampaio Moreira
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Cedoc/TV Globo
O Ministério Público do Rio ainda não decidiu se acatará o pedido. Caso o órgão considere as provas suficientes, o caso poderá avançar para a abertura de um inquérito judicial, aprofundando a apuração sobre o destino do patrimônio do ex-âncora do Jornal Nacional.
Vale destacar que em 2021, Roger e Rodrigo acusaram a madrasta de maus-tratos e afirmaram que o pai, já idoso, estava sendo manipulado após removê-los de seu testamento. A Justiça, na época, rejeitou o pedido de interdição feito pelos herdeiros.
Depois da morte de Cid Moreira, em setembro de 2024, aos 96 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, a briga se intensificou.