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Fiscais em busca de metanol em SP flagram outras infrações sanitárias

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Fiscais em busca de metanol em SP flagram outras infrações sanitárias

Procurando indícios de adulteração de bebidas alcoólicas com metanol, fiscais da Vigilância Sanitária de São Paulo encontraram outras infrações nos estabelecimentos averiguados, como falta de higiene e problemas no armazenamento de alimentos.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), dos 11 estabelecimentos interditados preventivamente pela vigilância sanitária, cinco apresentavam também irregularidades sanitárias, além da associação aos casos suspeitos notificados por intoxicação de metanol. A pasta não especificou quais são esses locais e quais infrações cometidas.

O governo destacou que as interdições cautelares servem para colher amostras de bebidas e verificar suspeitas de contaminação por metanol, o que só acontece posteriormente pela Polícia Científica. De acordo com o secretário da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite, foram feitas 17 requisições de laudo, dos quais houve duas confirmações de distribuidoras.

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Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanol

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Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanol

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Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanol

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Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanol

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Torres Bar, na Mocca

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Villa Jardim, em São Bernardo do Campo

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Bar Beco do Espeto, no Itaim Bibi

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Veja quais os estabelecimentos interditados abaixo:

  1. Bebilar Distribuidora (Bela Vista, São Paulo).
  2. BBR Supermercado (Bela Vista, São Paulo).
  3. Beco do Espeto (Itaim Bibi, São Paulo – o bar foi desinterditado pela Justiça e pela vigilância municipal, mas bebidas destiladas permanecem interditadas)
  4. Bar e Restaurante Ministrão (Jardins, São Paulo).
  5. Torres Bar (Mooca, São Paulo).
  6. Adega Fim de Semana (M’Boi Mirim).
  7. Empório Santos (Cidade Dutra, São Paulo).
  8. Adega do Lelê (Osasco).
  9. Adega Los Hermanos (Osasco).
  10. Villa Jardim (São Bernardo do Campo).
  11. Brasil Excellance Comercial Distribuidora de Bebidas (Barueri).

Além disso, a Secretaria da Fazenda e Planejamento suspendeu preventivamente a inscrição estadual de seis distribuidoras e dois bares, totalizando oito estabelecimentos comerciais que não podem funcionar, pois não podem emitir nota fiscal. São eles:

Interrupção de fiscalização abriu brecha para adulterações no Brasil

O Metrópoles mostrou anteriormente que episódios recentes de adulteração de bebidas alcoólicas expõem a ausência de um sistema de rastreabilidade no país. O Sistema de Controle de Produção (Sicobe), que monitorava em tempo real a fabricação e registrava a origem de cada produto, foi desativado em 2016 pela Receita Federal. Deste então, não houve substituição ou modernização do mecanismo, que poderia auxiliar na identificação da origem de produtos adulterados.

À época do Sicobe, além das bebidas frias, parte das bebidas quentes era monitorada, por solicitação das próprias associações do setor. Fabricantes de cachaça e vinho, por exemplo, optaram pelo sistema em substituição aos selos de controle da Receita Federal, avaliando que o custo era semelhante, e a fiscalização, mais eficiente.

Com a interrupção do Sicobe, em 2016, pela Receita Federal, o estado passou a depender exclusivamente da autodeclaração das empresas de todos os tipos de bebidas, criando brecha para a fraude. Sem o controle em tempo real, uma fábrica pode produzir 1 milhão de litros de uma bebida, mas declarar apenas 600 mil litros, mantendo o excedente fora do controle oficial. Esse volume não registrado alimenta tanto a sonegação quanto a adulteração operada por organizações criminosas.

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