Portal Estado do Acre Notícias

Fumando maconha, Bove apontava arma para Cíntia como “brincadeira”, diz MPSP

fumando-maconha,-bove-apontava-arma-para-cintia-como-“brincadeira”,-diz-mpsp

Fumando maconha, Bove apontava arma para Cíntia como “brincadeira”, diz MPSP

O deputado estadual Lucas Bove (PL) tinha o hábito de fumar maconha e manusear a própria arma de fogo  apontando como “brincadeira” para a então esposa, a influenciadora Cíntia Chagas, diz a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) oferecida à Justiça nesta quinta (23/10). A promotoria classificou o ato como uma “intimidação ostensiva”.

Em uma ocasião específica, em julho de 2024, Bove teria fumado maconha e apertado o mamilo de Cíntia enquanto eles estavam na presença de uma amiga dela – o que ele fazia frequentemente, de acordo com a denúncia obtida pelo Metrópoles.

O parlamentar chegou a passar a mão debaixo da roupa da então esposa, naquele episódio, dizendo para a outra mulher presente: “Olha o que eu faço com sua amiga”. A situação teria deixado as duas constrangidas.

7 imagensFechar modal.1 de 7

Cintia Chagas

Reprodução2 de 7

Cíntia Chagas prestou queixa contra o deputado

Reprodução3 de 7

Cíntia Chagas é influencer e professora de português

Castella Studio/@cintiachagass/Instagram/Reprodução4 de 7

Cíntia Chagas teria proposto a multa de R$ 1 milhão para quebra da confidencialidade

@cintiachagass/Instagram/Reprodução5 de 7

A defesa de Cíntia Chagas pediu a prisão de Lucas Bove na sexta-feira (18/10)

@cintiachagass/Instagram/Reprodução6 de 7

Antes de casar com o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP), esteve em um relacionamento com o psicólogo e empresário Luiz Fernando Garcia

@cintiachagass/Instagram/Reprodução7 de 7

A influencer e o deputado estadual de SP anunciaram a separação poucos meses depois do casamento

@cintiachagass/Instagram/Reprodução

MPSP pede prisão preventiva de Bove

O MPSP denunciou Bove por violência psicológica, perseguição, ameaça e lesão corporal e pediu a prisão preventiva do parlamentar. Cíntia o acusou de agressão pela primeira vez em setembro do ano passado, durante a separação do casal.

Na época, ela registrou um boletim de ocorrência e entrou com um pedido de medida protetiva, que foi acatado pela Justiça. Desde então, Bove ficou proibido de manter contato, se aproximar e frequentar lugares em que a ex-esposa esteja.

No entanto, o parlamentar teria um padrão “reiterado” de desrespeitar a medida protetiva, como destacou a promotora Fernanda Raspantini Pellegrino na denúncia.

“Há aproximadamente um ano, o denunciado vem ignorando as determinações do Sistema de Justiça (que já o intimou e o advertiu, pessoalmente e por meio de seus advogados constituídos), de modo que o autor possui a devida ciência acerca da necessidade de respeitar as medidas protetivas, porém, ele não o faz por acreditar que não será responsabilizado pelas consequências de seus atos, tendo em vista que age como se não houvesse decisão judicial a cumprir”, afirmou a promotoria.

Pellegrino destacou que Bove fez “publicações expressas ao nome da vítima e menções acerca da existência e conteúdo do processo” ignorando, “por completo”, a vigência das protetivas.

Histórico de agressões

Processos e medidas protetivas

Logo após a separação, em setembro, Cíntia registrou um boletim de ocorrência contra Bove e entrou com um pedido de medida protetiva, que foi acatado pela Justiça. Ele ficou proibido de manter contato, se aproximar e frequentar lugares em que ela esteja. As cautelares permanecem vigentes e o divórcio foi oficializado em 14 de setembro.

Em setembro deste ano, ele foi indiciado por ameaça e violência psicológica. E, nesta quinta, o MPSP o denunciou por violência psicológica, perseguição, ameaça e lesão corporal. Além disso, há uma ação penal instaurada por descumprimento de medidas protetivas. O órgão ministerial pede à Justiça a prisão preventiva do parlamentar.

O que dizem as partes

Em nota, a defesa de Cíntia afirmou que a denúncia oferecida pelo MPSP “representa um marco importante para as mulheres na busca pela verdade, pela responsabilização e pela dignidade da vítima”.

Segundo a advogada Gabriela Manssur, a denúncia formal reafirma o que “sempre sustentaram”: “Que não há espaço para o abuso, para a impunidade e para o uso do poder como instrumento de opressão”.

Em publicação nas redes sociais após a repercussão do pedido de prisão preventiva, Bove afirmou que o requerimento ocorreu após ele “responder uma pergunta sobre fatos que já eram públicos e que foram vazados”. Ele acrescentou que a Delegacia da Mulher “afastou totalmente as acusações de violência física”, o indiciando por violência psicológica.

O parlamentar afirmou que um laudo que atesta a ausência de dano psicológico na vítima foi ignorado pela delegacia. Ele lembrou ainda que a Cíntia falou publicamente à imprensa nessa quarta (22/10) sobre o episódio em que ele lhe atirou uma faca. “Segredo de Justiça com uma cautelar que me proíbe também de falar! E nada acontece…”, afirmou Bove.

Sair da versão mobile