Pouco tempo depois de revelar seu diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), Eric Dane, de 52 anos, conhecido pelo papel de Mark Sloan em Grey’s Anatomy, voltou a falar sobre a doença degenerativa que tem afetado sua vida.
Durante um bate-papo com Eric Swalwell, deputado da Califórnia, o ator falou sobre a expectativa de sobrevivência: “Tenho duas filhas em casa. Quero vê-las se formarem na faculdade, se casarem, talvez terem netos. Quero estar presente em tudo isso. Então, vou lutar até o fim, até meu último suspiro“, afirmou.
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E finalizou: “ELA é a última coisa que querem diagnosticar em alguém. Muitas vezes, leva tanto tempo para que essas pessoas sejam diagnosticadas e, por conta disso, são impedidas de participar de testes clínicos’, declarou ele, que é casado com a atriz Rebecca Gayheart e é pai de Billie Beatrice, de 15 anos, e Georgia Geraldine, de 13.
O que é esclerose lateral amiotrófica (ELA)?
A esclerose lateral amiotrófica é uma das principais doenças neurodegenerativas, ao lado do Parkinson e do Alzheimer. A doença afeta o sistema nervoso de forma progressiva e acarreta em paralisia motora irreversível.
Eric Dane, 52 anos, revelou que foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA)
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Eric Dane, conhecido por seu papel como o cirurgião plástico Dr. Mark Sloan na série de sucesso Grey’s Anatomy
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Com o tempo, a doença, leva à paralisia muscular e pode comprometer funções vitais, como a fala, a deglutição e a respiração.
“À medida que a doença avança, os pacientes também perdem a capacidade de se mover e, eventualmente, respirar de forma independente. A ELA é bastante desafiadora e ainda esbarramos na desinformação, que desencadeia um diagnóstico tardio”, explica Tatiana Branco, diretora médica da Biogen Brasil.
Mais comum em homens
De acordo com o neurologista Carlos Wagner Pereira Júnior, que atua em Brasília, a ELA é mais comum entre homens — com uma proporção de 1,5 casos masculinos para cada diagnóstico em mulheres. No Brasil, a incidência é considerada rara: cerca de um caso por ano a cada 50 mil pessoas.
“Apesar da baixa incidência, a manifestação da condição impacta muito a vida do doente e a dos familiares, porque a ELA causa uma incapacidade física aguda”, explicou o neurologista em entrevista anterior ao Metrópoles.
A sobrevida dos pacientes varia bastante, dependendo da forma da doença. A ELA pode ser classificada em esporádica — a mais comum — e familiar, que tem origem genética. Estima-se que de 5% a 10% dos casos estejam ligados a mutações genéticas. A maioria, no entanto, ocorre de forma esporádica e pode estar associada ao estilo de vida.
Quais são os sintomas
Além da perda progressiva dos movimentos, a ELA também pode afetar as funções cognitivas, causando dificuldades de memória e raciocínio. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Engasgos frequentes
- Gagueira (disfemia)
- Cabeça caída
- Cãibras musculares
- Contrações involuntárias dos músculos (fasciculações)
- Perda de peso
- Alterações na voz
- Rouquidão
- Dificuldade de dicção, com fala lenta ou anormal
Como é feito o tratamento?
O tratamento busca desacelerar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. Não há cura, mas os cuidados são multidisciplinares e envolvem acompanhamento médico, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
Em alguns casos, medicamentos específicos também são indicados para aliviar os sintomas e prolongar a autonomia do paciente pelo maior tempo possível.