Quem passou pelo campus 1 da Universidade Regional de Blumenau (FURB) no dia 13 de outubro se deparou com um visitante inusitado: um gambá de pelagem branca revirando o lixo em busca de comida.
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O registro, feito por estudantes, viralizou nas redes sociais e levantou curiosidade sobre o motivo da coloração diferente do animal. Um perfil do Instagram chamado Fauna de Blumenau postou o vídeo do animalzinho.
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O bicho é da espécie gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) e apresenta leucismo, uma condição genética rara.
Não é albinismo
O leucismo é uma mutação genética que impede a produção total de melanina em algumas partes do corpo. Diferente do albinismo, o animal mantém áreas escuras e olhos normais, já que a pigmentação não desaparece por completo.
Essa característica, embora curiosa, pode representar um risco na natureza. A cor clara deixa o animal mais visível a predadores e mais vulnerável à exposição solar. Ainda assim, casos como esse são raros e chamam atenção justamente por isso.
Animais silvestres em ambiente urbano
A aparição de gambás e outras espécies silvestres em áreas urbanas é cada vez mais comum em Santa Catarina. Cidades com parques e matas próximas, como Blumenau, acabam servindo de refúgio para animais que buscam abrigo e alimento.
O comportamento do gambá flagrado na FURB é típico: procurar restos de comida em lixeiras é uma forma de adaptação a ambientes modificados pelo ser humano.
Esse é um exemplo de gambá da mesma espécie, porém sem o leucismo
Entenda:
- Leucismo é a perda parcial da pigmentação; diferente do albinismo.
- A condição é rara em mamíferos silvestres.
- O maior risco é porque a coloração clara facilita a visualização por predadores.
- Quando avistar um bichinho como esse, o ideal é observar à distância e avisar órgãos ambientais.
- Os gambás ajudam no controle de insetos e pragas.
Convivência e respeito à fauna
Gambás são importantes para o equilíbrio ecológico, já que consomem insetos, frutos e até pequenos roedores, e por isso ajudam no controle natural de pragas.
Esses bichinhos raramente representam perigo e não devem ser provocados. Caso apareçam em locais movimentados, o recomendado é acionar órgãos ambientais ou o centro de zoonoses da cidade, que podem avaliar se há necessidade de resgate.
O gambazinho branco de Blumenau pode ter chamado atenção pela aparência, mas também despertou um olhar mais atento para a biodiversidade que ainda existe nos espaços urbanos.