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    Gêmea de serial killer é indiciada por suspeita de ajudar em 4 mortes

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    Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 36 anos, irmã gêmea de Ana Paula Veloso Fernandes, apontada pela Polícia Civil como a “serial killer de Guarulhos”, foi indiciada nesta terça-feira (14/10) por suspeita de envolvimento nos quatro homicídios dos quais a irmã é acusada. O indiciamento ocorreu logo após seu depoimento no 1º Distrito Policial de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

    Ana Paula é acusada de ter envenenado e matado quatro pessoas entre janeiro e maio deste ano — duas vítimas morreram em Guarulhos, uma na capital paulista e uma no Rio de Janeiro.

    10 imagensEla usava “TCC” como código para planejar homicídiosIrmãs Ana Paula e Roberta Veloso são apontadas como cúmplicesInvestigação aponta que Ana testou veneno em cachorros antes dos crimesSerial killer de Guarulhos relatou com frieza a morte de uma das vítimasFeijoada envenenada matou Neil, pai da contratante do crime.Fechar modal.1 de 10

    Ana Paula Veloso é acusada de envenenar quatro pessoas em SP e RJ.

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    Ela usava “TCC” como código para planejar homicídios

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    Irmãs Ana Paula e Roberta Veloso são apontadas como cúmplices

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    Investigação aponta que Ana testou veneno em cachorros antes dos crimes

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    Serial killer de Guarulhos relatou com frieza a morte de uma das vítimas

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    Feijoada envenenada matou Neil, pai da contratante do crime.

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    Ana Paula Veloso Fernandes, apontada pela polícia como a serial killer de Guarulhos

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    Ana Paula Veloso Fernandes, apontada pela polícia como a serial killer de Guarulhos

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    Michele Paiva da Silva, suspeita de ter contratado a serial killer de Guarulhos para matar o próprio pai no Rio de Janeiro

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    Veja quem as vítimas de mulher que matou pai de amiga com feijoada envenenada

    Reprodução / Redes sociais

    Segundo a polícia, Roberta seria a “consultora financeira e operacional” da dupla. Ela orientava a irmã sobre o uso de dinheiro em espécie, definia valores mínimos — cerca de R$ 4 mil por “serviço” (assassinatos) — e advertia Ana Paula sobre a segurança na comunicação, orientando para falar sobre “coisas mais importantes” por meio de “ligação”. Com isso, de acordo com a investigação, ela acreditava que não deixaria rastros digitais.

    Tanto Ana Paula quanto Roberta estão presas. Além delas, também está detida Michele Paiva da Silva, que teria contratado as gêmeas para matar seu próprio pai, Neil Corrêa da Silva — crime consumado em 26 de abril no Rio de Janeiro.

    O caso Neil e o modelo de “execução por encomenda”

    Segundo a investigação, Ana Paula viajou até Duque de Caxias (RJ) para executar o crime contra Neil, a pedido de Michele.

    Em áudio enviado à irmã, Ana Paula descreve como tentou misturar o veneno na feijoada, explicando que Neil teria ingerido apenas duas colheres antes de se deitar, alegando mal-estar. Em seguida, definhou até a morte, acompanhado de perto pela serial killer.

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    As investigações sustentam que esse não foi um caso isolado. Ana Paula é acusada de atuar em esquema de assassinatos por “encomenda”, utilizando o código TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) para se referir aos crimes e estipulando valor mínimo por execução.

    A defesa das gêmeas foi procurada pelo Metrópoles, mas não se manifestou. O espaço está aberto para posicionamento.

    Quem são as vítimas da dupla

    • Marcelo Hari Fonseca — encontrado morto em 31 de janeiro, em Guarulhos. Segundo a denúncia, Ana Paula teria envenenado alimentos após desentendimentos para assumir o controle do imóvel onde morava.
    • Maria Aparecida Rodrigues — morreu entre 10 e 11 de abril, em Guarulhos. A vítima era amiga de Ana Paula; o crime teria sido cometido para incriminar o ex-amante de Ana.
    • Neil Corrêa da Silva — morto em 26 de abril, no Rio de Janeiro, por feijoada supostamente envenenada. Investigação aponta que o homicídio teria sido encomendado por Michele Paiva da Silva, filha da vítima, também presa.
    • Hayder Mhazres — tunisiano de 21 anos morto em 23 de maio, em São Paulo. Segundo denúncia, Ana Paula teria oferecido bebida adulterada após encontro via app, motivada por vantagem financeira e falsa gravidez, alegada para reivindicar parte de bens da vítima.

    Em nota ao Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou a prisão de três mulheres por suspeita de envolvimento em homicídios praticados por envenenamento.

    “A Operação Toca do Mestre já resultou na instauração de quatro inquéritos e no deferimento de quatro medidas cautelares”, diz a nota.

    Durante as diligências, foram apreendidos celulares encaminhados para perícia com o objetivo de identificar possíveis conexões entre os investigados. Testemunhas e as suspeitas seguem sendo ouvidas.