A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), rebateu a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que minimizou a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo, Motta afirmou que “não tem como você dar um golpe de Estado em outro país”, ao comentar o envolvimento do líder do PL nos atos golpistas de 8 de janeiro. Na época, Bolsonaro estava nos Estados Unidos.
“Eu discordo totalmente [do Motta]. O Bolsonaro foi mentor do golpe. Você não precisa estar no lugar para dar o golpe. Basta dirigir, organizar, orquestrar. E foi isso que ele fez”, disse a ministra em entrevista ao Metrópoles, nesta quinta-feira (16/10).
Ela ainda chamou o ex-presidente de “covarde”. “Ele orquestrou tudo isso, colocou pessoas [para executar o golpe] e saiu”.
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Ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, é entrevistada pelas jornalistas Milena Teixeira e Daniela Santos
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
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Ministra é responsável pela articulação do governo Lula
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Gleisi é uma das auxiliares mais próximas do presidente Lula
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Ao Metrópoles, ministra falou sobre relação com o Congresso e eleições
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Ministra Gleisi Hoffmann
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“Baixo nível”
Durante a conversa com o Metrópoles, a ministra também comentou a fala do presidente Lula sobre o “baixo nível” da atual composição do Congresso. Gleisi defendeu que a declaração fazia referência à ala da extrema direita na Câmara.
“Eu acho que ele estava querendo se referir à situação na Câmara dos Deputados em que a extrema direita tem causado cenas muito ruins para o Congresso”, comentou.
“A extrema direita não faz debates que interessam ao Brasil, trazem temas que são temas apenas da disputa. Estão mais preocupados com o processo do Bolsonaro e mais preocupados em atacar o Brasil para se defender. E, infelizmente, esse é o nível hoje que a gente vê na Câmara dos Deputados”, completou a ministra.
Veja a íntegra da entrevista:
