O companheiro Guilherme Boulos foi nomeado por Lula para ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Na prática, ele será ministro da Reeleição do Presidente da República.
Que resumiu foi a jornalista Vera Rosa, com uma candidez brutal:
“Lula quer que o novo ministro cuide das mobilizações sociais para a campanha da reeleição, em 2026. Crítico do projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ele se comprometeu com Lula a não só defender o governo e fazer a disputa política com a direita nas redes sociais como também a não disputar novo mandato de deputado federal porque, se o fizesse, precisaria deixar a equipe em abril do ano que vem.”
De qualquer ângulo que se olhe, só há ilegalidades em ter no governo um ministro dedicado a assuntos relacionados à reeleição do presidente da República. É caso escolar de desvio de finalidade, que deveria resultar em ações de improbidade administrativa e de abuso de poder político/eleitoral contra Lula.
Como o Brasil aboliu os escândalos, porém, ninguém dá bola para as ilegalidades ululantes.Todo mundo se pergunta apenas se o Psol perderá força eleitoral em São Paulo, uma vez que Guilherme Boulos deixará de funcionar como puxador de votos na eleições proporcionais para o partido do tapetão (em eleições majoritárias, ele vem sendo um desastre ferroviário).
O ministro da Reeleição disse que a sua primeira missão será “ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”.
Neste terceiro mandato do chefão petista, todas as vezes que Lula precisou de povo na rua, faltou povo e sobrou rua. Mas o companheiro Guilherme Boulos vai utilizar a sua longa experiência de sempre ir até aonde o povo está para reverter a fotografia dessa mortadela. Estão todos confiantes de que missão dada será missão cumprida. A democracia brasileira se aperfeiçoa a cada dia.
