Portal Estado do Acre Notícias

Igreja montou ponto de oração em praça cercada por corpos no Rio

igreja-montou-ponto-de-oracao-em-praca-cercada-por-corpos-no-rio

Igreja montou ponto de oração em praça cercada por corpos no Rio

Rio de Janeiro — Um grupo de fiéis instalou um ponto de oração na Praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, na manhã de quarta-feira (29/10), horas depois de moradores terem levado dezenas de corpos encontrados na mata que liga os complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.

O local se tornou o epicentro da dor e da comoção no dia seguinte à megaoperação policial que deixou 119 mortos e foi classificada pelo governo do estado como o maior golpe já desferido contra o Comando Vermelho (CV). Enquanto familiares se revezavam para identificar parentes, membros de uma igreja evangélica montaram uma tenda e iniciaram orações pelo fim da violência.

Leia também

11 imagensFechar modal.1 de 11

Megaoperação no Rio deixa mais de 100 mortos

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles2 de 11

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles3 de 11

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles4 de 11

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles5 de 11

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles6 de 11

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles7 de 11

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles8 de 11

Cadáveres serão recolhidos

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles9 de 11

Corpos enfileirados na Praça São Lucas

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles10 de 11

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles11 de 11

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles

Segundo moradores, um dos veículos utilizados para transportar corpos da mata até a praça pertence a um pastor da comunidade. O carro foi visto chegando e saindo rapidamente com vítimas colocadas no porta-malas, antes da chegada do rabecão oficial para recolhimento.

O cenário de dor e fé

Comércio fechado e escolas sem funcionamento marcaram o primeiro dia após a ação policial. A praça, normalmente ponto de encontro de crianças e famílias, virou um espaço tomado por corpos e familiares desesperados.

Entre eles, mulheres se ajoelhavam sobre os cadáveres, enquanto orações eram feitas.

10 imagensFechar modal.1 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles2 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles3 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles4 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles5 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles6 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles7 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles8 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles9 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles10 de 10

Tercio Teixeira/Especial Metrópoles

 

A coluna identificou que alguns dos mortos estavam com roupas camufladas e teriam sido baleados durante o cerco policial na área de mata. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar pessoas que teriam removido uniformes e armas de suspeitos após a operação, o que pode prejudicar a preservação de provas.

Guerra urbana

Deflagrada por volta das 5h30 de terça-feira (28/10), a Operação Contenção mobilizou 2,5 mil policiais. O governo afirma que a ação foi planejada para retirar o confronto das áreas mais povoadas, evitando riscos aos moradores.

Sair da versão mobile