Rio de Janeiro – Mais da metade dos corpos das pessoas que morreram durante a megaoperação Contenção, deflagrada na última terça-feira (28/10), já passou por exame de necrópsia. Um esquema especial foi montado no Instituto Médico-Legal (IML) para acelerar a identificação das 121 vítimas.
A coluna esteve no local na manhã desta quinta-feira (30/10) e conversou com familiares que aguardavam para entrar no IML. Em entrevista, uma parente, que preferiu não se identificar, contou que está no local em busca de identificar o cunhado, que até então é dado como desaparecido.
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Segundo ela, desde essa quarta-feira (29/10), os parentes vêm resolvendo, junto ao instituto, burocracias que podem auxiliar na identificação. Assim que os corpos são identificados, a família é avisada por meio de uma ligação e, só então, retorna ao prédio para a liberação do cadáver.
Por volta das 7h, um grupo de moradores do Complexo do Alemão aguardava para levar o corpo de um parente. Abatidos, eles preferiram não falar, mas afirmaram estar aliviados por poderem realizar o enterro.
Em nota, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) afirmou que o trabalho segue com celeridade, a fim de concluir os exames.



Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
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“Neste período, o atendimento às famílias está ocorrendo no posto do Detran, que fica próximo à unidade, e os corpos não relacionados à operação estão sendo temporariamente encaminhados ao IML de Niterói”, informou o órgão.
Atendidos pela Defensoria Pública
Também no Detran, a Defensoria Pública do Estado do RJ (DPRJ) montou um força-tarefa para atender as famílias. Nessa quarta-feira (29/10), 106 famílias das pessoas mortas na megaoperação policial foram atendidas pelo órgão.
A Instituição dividiu as equipes entre o Complexo da Penha, o estacionamento do Detran, o IML e o Hospital Getúlio Vargas.
“Foram realizados o acolhimento inicial das famílias e o atendimento jurídico para os casos de privação de liberdade ou apreensão, obtenção de documento das pessoas mortas, auxílio para a gratuidade de sepultamento, bem como alvará para translado das pessoas mortas para outros estados”, informou por meio de nota.
Para garantir a preservação das provas referentes a ação policial, a DPRJ enviou ofício à chefia da Polícia Militar requisitando as imagens das câmeras acopladas nas fardas e o nome dos agentes que participaram da ação policial.





