Considerado a “Copa do Mundo das mulheres”, o icônico desfile de lingeries da marca americana Victoria’s Secret, que já foi alvo de diversas polêmicas, foi realizado na quarta-feira (15/10). O evento reuniu um elenco consagrado de modelos e buscou ampliar a representatividade de corpos e etnias entre as escolhidas para protagonizar uma das datas mais aguardadas do calendário da moda.
Ainda assim, o Victoria’s Secret Fashion Show recebeu críticas pela falta de coerência entre os looks apresentados, pelo peso das tradicionais asas de anjo, que teriam sobrecarregado as modelos, e pelo excesso de acessórios extravagantes. Vem saber mais!
Looks incoerentes
Esta marca a segunda edição do Victoria’s Secret Fashion Show desde seu retorno, no ano passado, após seis anos em hiato. As principais novidades giraram em torno do line-up de modelos, que mesclou nomes veteranos e estreantes.
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Apesar de trazer de volta parte das Angels que faziam parte do elenco original — como Adriana Lima, Alessandra Ambrósio, Candice Swanepoel, Behati Prinsloo e Barbara Palvin — para protagonizar a noite, o efeito da nostalgia não foi suficiente para aliviar as críticas de falta de coerência nas coleções apresentadas.
Os desfiles da Victoria’s Secret são divididos em blocos com visuais diferentes, adequando a estética dos looks a diversos temas de maneira teatral. Apesar de haver uma distinção proposital entre as estéticas de cada segmento, o público apontou uma falta de coesão dentro dos próprios blocos.
Peso excessivo das asas
As icônicas asas de anjo, símbolo tradicional do megadesfile, ganharam novas interpretações nesta edição. A modelo americana Jasmine Tookes foi responsável por abrir o evento, usando uma estrutura perolada em forma de rede que a envolvia e remetia a uma ostra — em substituição às asas clássicas. Tookes fez história ao se tornar a segunda mulher negra a abrir um desfile da Victoria’s Secret; a primeira foi Naomi Campbell, em 1996.
Ao mesmo tempo em que as asas ganharam versões delicadas e embelezadas, também houveram novas versões exatravagantes cujo peso prejudicou a performance das modelos no palco. Foi o caso de Bella Hadid, que carregou um par de asas que pesava 23 quilos. Na web, usuários apontaram que a modelo parecia abatida e sobrecarregada com o peso, como se estivesse prestes a desmaiar.
Outros dois pares de asas que se destacaram de maneira negativa para o público foram as desfiladas por Gigi Hadid e Ashley Graham. Similar ao “perrengue” passado pela irmã, Gigi também cruzou a passarela com uma versão gigante dos acessórios, que chegavam a esconder os seus braços.
Acessórios extravagantes
Os looks apresentados foram completados com diversos tipos de acessórios, como cintos, brincos e adornos de cabeça. Porém, em alguns momentos, os elementos que deveriam trazer um toque a mais de informação acabaram roubando a cena por completo, de maneira negativa. Devido ao tamanho das peças escolhidas, a atenção do público foi completamente direcionada para elas.