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    Indicação ao STF: veja bastidores, pressões e a corrida dos favoritos

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    Em meio à escolha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para indicar um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), alas da Corte defendem o nome de Rodrigo Pacheco para ocupar o cargo de Luís Roberto Barroso. No governo, Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), é o nome mais forte para a vaga. No Senado e no próprio Supremo, o favoritismo volta a Pacheco, que passaria na sabatina com louvor.

    Os caminhos hoje postos no tabuleiro indicam para duas direções principais, mas podem ainda ter uma terceira via, com pedidos de entidades para que Lula escolha uma mulher. Um dos nomes colocados é o de Daniela Teixeira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    Nesse cenário, o presidente da República se reuniu com ministros do STF e do governo, na noite dessa terça-feira (14/10). Estavam no evento Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, todos do STF. Participaram ainda os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Casa Civil, Rui Costa.

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    Na discussão oficial com Lula, não foi debatido nome para a vaga. Bastidores obtidos pelo Metrópoles são de que Lula não perguntou por nomes para substituir a vaga.

    Mas, na saída, houve conversas entre os ministros sobre um nome de “relevância” para o cargo de Barroso, que anunciou aposentadoria antecipada em 9 de outubro.

    Em agosto, o ministro Gilmar Mendes afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que apoia Pacheco. Na ocasião, antes mesmo da saída de Barroso, Gilmar disse à coluna de Mônica Bergamo que “a Corte precisa de pessoas corajosas e preparadas juridicamente”. Acrescentou que o Supremo é “jogo para adultos”.

    Dias antes da reunião de Lula, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), teve a primeira reunião com Edson Fachin, novo presidente do STF. No ocasião, Alcolumbre disse ter feito questão da presença de Pacheco, como autor de projeto de atualização do Código Civil. Alcolumbre fez questão de postar foto ao lado de Pacheco.

    Já Messias é o nome do governo. O AGU não participou da reunião de Lula com os ministros, mas esteve com o presidente da República em reunião horas antes. Segundo publicou o colunista do Metrópoles, Igor Gadelha, Messias despachou com Lula fora da agenda oficial.