O jantar de Estado promovido nesta quinta-feira (23/10) para marcar a passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Indonésia contou com os irmãos Batista e outros gigantes da pecuária. O país tem um fuso horário 10 horas a frente do Brasil. O mercado asiático se tornou uma espécie de obsessão do setor, que quer expandir sua participação na importação local.
Além de Wesley e Joesley Batista, da JBS, outros nomes de destaque do setor privado compareceram, segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles. São eles: Renato Costa (JBS), Marcos Molina (BRF), João Sampaio (Minerva Foods), Ricardo Santin (ABPA ), Roberto Perosa (Abiec), Júlio Ramos (Abiec), Marcio Cândido Ferreira (Cecafe) e Décio Coutinho (Abra).
Dessa forma, estiveram com a comitiva brasileira representantes dos setores da pecuária bovina, suína e da avicultura e também do café. Foram 136 nomes do setor privado brasileiro, e cerca de 150 indonésios, segundo dados preliminares.
Durante uma agenda mais cedo junto ao presidente indonésio, Prabowo Subianto, Lula defendeu a relação comercial entre os países.
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“Indonésia e Brasil não querem uma segunda Guerra Fria. Nós queremos comércio livre. E, mais ainda: tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de comercialização entre nós dois ser com as nossas moedas. Essa é uma coisa que nós precisamos mudar”, afirmou Lula.
Lula, Trump e outros focos da comitiva brasileira na Ásia
Os holofotes da visita do presidente Lula à Ásia nesta semana estão voltados ao esperado encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para o próximo domingo (26/10), na Malásia. Seria uma agenda para iniciar uma negociação sobre o tarifaço imposto por Washington a produtos brasileiros.
Mas a comitiva brasileira à Ásia é extensa e tem na agenda possíveis acordos na pecuária. Como mostrou o Metrópoles, também estão em evidência negociações nas áreas de tecnologia, mineração, aviação e até ambiental, que podem mudar o panorama comercial brasileiro na região.
