A assessoria de imprensa de Gaza informou, neste sábado (18/10), que Israel violou o cessar-fogo com o Hamas 47 vezes desde que o pacto entrou em vigor no início de outubro, o que resultou na morte de 38 palestinos e feriu outros 143.
Apesar de Israel e Hamas terem assinado um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, acusações mútuas sobre violações do pacto têm gerado repercussões nos últimos dias.
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Segundo o escritório de Gaza, administrado pelo Hamas, Israel cometeu, “desde o anúncio do fim da guerra na Faixa de Gaza, uma série de graves e repetidas violações, que até o momento somam 47 violações documentadas”.
“Essas violações variaram entre crimes de disparos diretos contra civis, bombardeios e ataques deliberados, além da prisão de vários cidadãos civis — práticas que refletem a continuidade da postura agressiva da ocupação, apesar do anúncio do fim da guerra”, acusou o escritório.
Eles ressaltaram ainda que boa parte das agressões israelenses “foram executadas utilizando veículos militares e tanques posicionados nas bordas de áreas residenciais, guindastes eletrônicos equipados com sensores e sistemas de mira remota”.
“Responsabilizamos integralmente a ocupação por essas violações e conclamamos as Nações Unidas e as partes garantes do acordo a intervirem urgentemente para obrigar a ocupação a cessar sua agressão”, pediu a assessoria de Gaza.
Enquanto isso, Israel afirma que o grupo Hamas não está cumprindo parte do acordo, após não entregar todos os corpos dos reféns mortos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que a principal passagem de ajuda humanitária para Gaza, Rafah, só será reaberta após a entrega desses corpos.
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