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    Italiano que manteve mulher em cárcere privado é julgado em SP

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    O julgamento do italiano Andrea da Silva Ciaccio, de 52 anos, acusado de manter mulher em cárcere privado durante três meses, em São Paulo, começou às 13h30 desta terça-feira (21/10).

    O homem é suspeito de torturá-la e mantê-la refém em uma casa no Campo Belo, bairro na zona sul da capital paulista. Andrea foi detido no dia 30 de maio passado, após uma denúncia anônima.

    O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) informou que, na audiência de instrução desta terça-feira, serão ouvidas uma vítima, três testemunhas comuns às partes e oito de defesa, além do réu.

    3 imagensAndrea apresentou resistência no momento da prisão em flagranteFechar modal.1 de 3

    O italiano Andrea Ciaccio, de 52 anos, foi preso suspeito de manter uma mulher em cárcere privado

    TV Globo/Reprodução2 de 3

    Andrea apresentou resistência no momento da prisão em flagrante

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    TV Globo/Reprodução

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    Em 3 de junho, o acusado teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

    Mulher em cárcere

    • O caso foi registrado pela Polícia Civil como sequestro e cárcere privado, lesão corporal, violência psicológica contra a mulher, violência doméstica, estupro de vulnerável, tráfico de drogas e resistência.
    • Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), durante a prisão, a polícia também encontrou 17 papelotes de cocaína com o suspeito.
    • Na ocasião, a vítima foi encaminhada a um hospital para a realização de exames, e medidas protetivas de urgência foram solicitadas.
    • A ocorrência foi registrada na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

    Por meio de nota, a defesa de Andrea Ciaccio afirmou que o italiano “é inocente”, que “nunca praticou nenhum dos crimes que lhe são imputados” e “permanece detido de forma ilegal e abusiva”.

    “Inexiste cárcere privado. Tanto isso é verdade que a casa de Andrea estava em reforma, na presença de pedreiros, há meses no interior da residência, que se quer tinha fechadura e permanecia aberta todo o dia”, afirma o advogado Eduardo Maurício.

    Segundo o advogado, a vítima “já imputou crimes de forma inverídica ao seu ex-marido, nos mesmos moldes que imputa ao Andrea, após consumo excessivo de drogas”.