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    Justiça do DF torna réu morador de rua que estuprou mulher no Guará

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    O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) recebeu, nesta sexta-feira (24/10), a denúncia contra Marcelo Ferreira Soares (foto em destaque), 41 anos, e decidiu manter o acusado preso preventivamente. Ele é apontado como autor do estupro de uma mulher de 30 anos no Guará, no dia 16 de outubro.

    Ao sair de sua residência, a vítima foi abordada por Marcelo nas proximidades da quadra de esportes da QE 42. Ela foi coagida, por meio de ameaça com uma faca peixeira, a acompanhá-lo até um matagal próximo ao McDonald’s da Candangolândia.

    No local, o homem teria enforcado a mulher e a deixado inconsciente. Em seguida, cometeu o estupro e fugiu pela mata. Após a agressão, ela conseguiu acionar socorro, sendo localizada e conduzida por equipe da Polícia Militar à delegacia.

    Um dia antes de estuprar a vítima, Marcelo teria ido à residência dela e pedido que guardasse temporariamente um aparelho televisor para ele.

    O suspeito alegou estar em situação de vulnerabilidade social e disse que retornaria depois para buscar o aparelho. A mulher afirmou que nunca tinha visto o homem e que não sabia seu nome, mas autorizou que ele deixasse a televisão no quintal de sua casa.

    Operação Sentinela

    A vítima denunciou o crime na 4ª Delegacia de Polícia (Guará). Exames realizados no Instituto de Medicina Legal (IML) constataram lesões corporais e vestígios da violência sexual.

    A Seção de Atendimento à Mulher (SAM), coordenada pelo delegado Herbert Léda, realizou investigação que resultou na prisão temporária de Marcelo no sábado (18/10), dois dias após o crime.

    “A decisão judicial reforça o compromisso das autoridades públicas com a proteção das mulheres e a responsabilização rápida de agressores sexuais, sobretudo na região do Guará”, destacou o delegado.

    Os investigadores identificaram o suspeito por meio de análise de câmeras de segurança, reconhecimento da vítima e pesquisa de antecedentes criminais. Durante a abordagem, foi apreendida uma faca compatível com a arma do crime.

    Veja a prisão:

    Segundo testemunhas, o suspeito é conhecido pelos apelidos “Ceilândia” e “Bahia” e seria usuário de drogas. Ele responde a vários inquéritos por diferentes crimes, além de já ter sido preso anteriormente.

    A denúncia foi oferecida, enquadrando o acusado no artigo 213 do Código Penal. O juiz acolheu a denúncia e converteu a prisão temporária em preventiva, considerando a gravidade do crime, a reincidência criminal do acusado e risco à segurança da vítima.