A coluna Fábia Oliveira descobriu que a 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu negar um habeas corpus apresentado por Buzeira. A defesa do influenciador afirmou através do documento que sua prisão preventiva não teria fundamentação válida, revelando-se desproporcional e lastreada unicamente em uma troca de mensagens trocadas via aplicativo.
Ao longo de 15 páginas, a juíza federal Raecler Baldresca pontua a gravidade dos fatos envolvendo o famoso e a pluralidade de investigados em um suposto esquema de associação criminosa, lavagem de dinheiro e jogos de azar.
Leia também
-
Esposa de Buzeira se pronuncia e explica espingarda do influenciador
-
Vídeo: Buzeira pegou espingarda ao ver PF chegando na casa dele
-
Buzeira e “CEO do Jeep sorteado” são transferidos para cadeias de SP
-
Preso pela PF, Buzeira pode ser conduzido a depor na CPI dos Pancadões
A juíza também chamou atenção para o fato de Buzeira responder a outras ações criminais perante a justiça estadual. Deu destaque a uma delas, em que se apura o cometimento de eventual crime de tráfico de drogas.
Gravou o cerco: antes de ser preso, Buzeira ironizou Marinha em vídeo
Reprodução/Instagram
Buzeira posa com seu macaquinho de estimação, dois carros de luxo e um helicóptero
Instagram/Reprodução
Influenciador Buzeira
Instagram/Reprodução
Buzeira deu um colar de R$ 2 milhões para Neymar
Reprodução/Instagram
Influenciador Buzeira
Reprodução
Segundo a profissional, existem decisões dos Tribunais Superiores cujo entendimento é o de que a existência de outras ações penais pode servir de embasamento para decretação da prisão preventiva do envolvido. Isso porque, mesmo não havendo uma condenação no caso das outras ações, sua mera existência já seria suficiente para demonstrar que o investigado se envolve reiteradamente em delitos. Esse seria o caso do influenciador.
A juíza decidiu negar o habeas corpus, afirmando que todos os fundamentos que levaram à sua prisão preventiva seguem intactos e inalterados. Ela pontuou, ainda, que outras medidas cautelares diferentes da prisão não seriam suficientes no caso de Buzeira. Aqui, a coluna faz uma valiosa observação. As “medidas cautelares diferentes da prisão” às quais a juíza se refere são alternativas menos gravosas que o aprisionamento. Por exemplo, o uso da tão temida tornozeleira eletrônica.
Em sua decisão, a magistrada chamou atenção à complexidade da causa que envolve Buzeira e a extensa investigação em curso de um sofisticado esquema de tráfico transnacional de drogas. A prisão do influenciador seria, então, uma medida essencial à preservação da ordem pública.
A prisão de Buzeira
O influenciador Buzeira foi preso na última terça-feira (14/10), durante a Operação Narco Bet, que teve como objetivo desarticular um esquema internacional de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico de drogas.
Com mais de 15 milhões de seguidores apenas no Instagram, Buzeira ficou conhecido na internet promovendo rifas e sorteios de carros, artigos de luxo e ações promocionais. A investigação da polícia aponta que o dinheiro do esquema pode ter sido direcionado para o setor de apostas eletrônicas, as chamadas bets.