O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (29/10) que a “primeira impressão” sobre a megaoperação realizada pelas polícias do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, nessa terça-feira (28/10), é que foi uma ação “extremamente cruenta” e “violenta”. A ação resultou em mais de 130 mortes e é considerada a mais letal do estado.
“Nós vamos ao Rio de Janeiro examinar in loco, verificar qual é o número de mortos, de feridos, quem foi atingido efetivamente. A primeira impressão que se tem é óbvia, de que foi uma operação extremamente cruenta, extremamente violenta, e vamos pensar se esse tipo de ação é compatível com o Estado Democrático de Direito”, destacou o ministro.
A declaração foi dada depois de uma reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada. Participaram também do encontro o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Múcio Monteiro (Defesa), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Comunicação Social), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e o ex-deputado federal pelo RJ e presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ), também estavam presentes.



megaoperaçãono Rio deixa mais de 64 mortos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
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Lewandowski ainda declarou que o governo não foi informado sobre a megaoperação e que Lula pediu um levantamento detalhado sobre o que ocorreu no local, além de relatar que o petista ficou “estarrecido” com o número de mortes.
O ministro ressaltou que o governo está à disposição do governador do Rio, Cláudio Castro. “De início, colocamos vagas à disposição no nosso sistema prisional federal para a transferência de lideranças das facções criminosas”, explicou Lewandowski. Ao todo, 10 criminosos serão encaminhados ao sistema prisional federal.
“Podemos disponibilizar efetivos das forças federais, peritos e especialistas. Temos também um banco de DNA — isso, de imediato, já podemos colocar à disposição. Vamos ouvir o governador e saber do que ele precisa”, completou.
Uma comitiva do governo federal, composta pelos ministros da Justiça, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, e pelo diretor-geral da PF, deve embarcar para a capital fluminense ainda nesta quarta. Ainda não há previsão de ida do presidente ao Rio.

 
                                    



