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    Louvre: colar roubado foi usado por bisneta de Dom Pedro II

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    O colar de oito safiras que pertence à realeza francesa foi usado pela última vez em público pela princesa Isabel d’Orléans, bisneta de Dom Pedro II. O artefato avaliado em milhões de euros faz parte das joias roubadas nesse domingo (19/10), no museu mais visitado do mundo, o Louvre, em Paris, França.

    Entre as joias roubadas  pelos ladrões estão coroas, colares e tiaras de membros da extinta monarquia francesa, entre eles a imperatriz Eugênia, seu marido, o imperador Napoleão III, e Napolão Bonaparte. Além de ser usado pela  bisneta de Dom Pedro II, o colar de oito Safiras pertenceu à rainha Maria Amélia da França, casada com o rei Luís Filipe I.

    O que aconteceu?

    • O Museu do Louvre, em Paris, foi alvo de um roubo na manhã desse domingo (19/10) por ladrões experientes.
    • Para cometer o crime, os criminosos entraram por uma janela, quebraram as vitrines (onde ficavam as joias) e fugiram de moto, em plena luz do dia.
    • Os ladrões usaram uma motoneta e um elevador de carga para acessar o local do roubo. Eles estavam usando pequenas motosserras.
    • O valor estimado das joias ainda estava sendo analisado. O museu permanece fechado.

    De acordo com o site das Coleções do Louvre, acompanhado com o colar de oito safiras havia uma tiara e um brinco de safira, todos pertencentes aos ancestrais da família Orléans. Todas essas joias são ornamentadas com safiras cercadas por diamantes, valorizados em montagens de ouro, em seu estado natural.

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    Última a usar o colar de “valor inestimável”, Isabel d’Orléans era neta da princesa Isabel, filha de Dom Pedro II. A conexão da família imperial brasileira com a família imperial francesa aconteceu quando princesa Isabel casou-se com Luís Filipe Maria Fernando Gastão de Orléans, o Conde d’Eu.

    A sucessão da ligação das famílias imperiais fez com que a bisneta de Dom Pedro II fosse avó do atual herdeiro legítimo do trono da França, o Conde de Paris, conhecido como Jean d’Orléans e nascido em 1965. Ele expressou tristeza pelo roubo em uma nota divulgada nas redes.

    “Foi com grande tristeza que soube do roubo de joias históricas do Museu do Louvre, incluindo o conjunto de tiara e safiras da rainha Maria Amélia, que também pertenceu à minha avó. Essas joias não são apenas relíquias de família. São uma parte viva da nossa história nacional, um testemunho da elegância e do artesanato do nosso país. Seu desaparecimento me toca profundamente e representa, acredito eu, uma ferida profunda para o povo francês”, escreveu Conde de Paris.

    Ele ainda expressou apoio às equipes do Museu do Louvre, mobilizadas para encontrar os artefatos valiosos, incluindo o colar roubado, composto por oito safiras de tamanhos diferentes e seiscentos e trinta e um diamantes, usado por sua mãe e sua avó. O Conde de Paris ainda completou dizendo que proteger a herança da família significa honrar a memória da França.