A segunda turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo (TRT-2) rejeitou, por unanimidade, o recurso do empresário e influenciador Pablo Marçal (foto em destaque, à esquerda) contra a indenização de cerca de R$ 2 milhões pelo acidente de trabalho que matou o técnico de audiovisual Celso Guimarães Silva (foto em destaque, à direita).
A vítima morreu em junho de 2023, dois dias após sofrer uma descarga elétrica em um estúdio alugado por Marçal, em Barueri, na Grande São Paulo. A decisão é passível de recurso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Procurada pelo Metrópoles, a defesa de Pablo Marçal informou que a decisão “não coaduna com os fatos” e que vai recorrer à decisão. Segundo o advogado Tassio Renam, a empresa era somente a locadora do espaço e, por isso, não teria relação com o acidente que vitimou Celso.
“Trata-se de uma decisão passível de recurso, ao qual nós ingressaremos em tempo oportuno. Infelizmente, a decisão não coaduna com os fatos, uma vez que a empresa em questão era somente a locadora do espaço, nada tendo a ver com o acidente em si. Acreditamos que essa decisão será revista pelo tribunal competente onde conseguiremos reverter essa condenação”, explicou a defesa.
A reportagem tentou contato com os representantes da vítima, mas não conseguiu resposta. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.
Descarga elétrica e queda de altura
O técnico de audiovisual Celso Guimarães Silva, 49 anos, morreu no dia 28 de junho de 2023, dois dias após sofrer uma descarga elétrica e cair de uma altura de quase cinco metros, enquanto prestava um serviço para a empresa Marçal Participações LTDA. O acidente aconteceu em um estúdio do coach Pablo Marçal, em Barueri, Grande São Paulo.
Quando estava internado, logo após o acidente, Celso gravou um vídeo explicando o acidente. Ele contou que subiu em uma escada de quatro metros e 80 centímetros para instalar um tubo em uma estrutura do local.
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“Coloquei o tubo de lado, recebi uma descarga elétrica de 220 volts, caí da escada e só me lembro que depois estava no hospital. Agora, estou com dor em tudo que é lado, costelas, coluna comprometida, é isso”, relatou a vítima.
Celso permaneceu internado no Hospital Municipal de Barueri até o dia 28 de junho, uma quarta-feira, quando morreu