Prestes a deixar a Secretaria-Geral da Presidência nesta terça-feira (11/10), Márcio Macêdo deve ficar sem cargo público até 2026, apurou o Metrópoles com fontes do governo e do PT. Por outro lado, o ministro palaciano teve garantia do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que será candidato a deputado federal por Sergipe, com amplo apoio da sigla na campanha.
Segundo interlocutores, Lula não quis colocar Macêdo “na chuva”, pois ele deixou de se candidatar a deputado na eleição de 2022 para desempenhar a função de tesoureiro da campanha presidencial. O presidente, dizem aliados, não encontrou alternativas viáveis porque, se nomeado em outro posto, o atual ministro teria que deixá-lo em março para concorrer a um cargo eletivo.
Lula anunciou nesta segunda-feira (20/10) o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral. Será o primeiro nome “não petista” a ocupar um ministério palaciano neste terceiro mandato do presidente, que deve concorrer à reeleição em 2026. Espera-se que o parlamentar amplie o diálogo do governo com movimentos sociais, para impulsionar também a capacidade de mobilização do Planalto.
Leia também
-
Presidentes do PT e PSol conversam sobre 2026 após nomeação de Boulos
-
Troca de ministro por Boulos teve reunião secreta e viagem cancelada
-
O pedido de Lula a Boulos ao nomeá-lo ministro
-
Lula anuncia Boulos no lugar de Márcio Macêdo na Secretaria-Geral
“Convidei o deputado Guilherme Boulos para assumir o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele vai substituir o companheiro Márcio Macêdo na função, a quem agradeço por todo o trabalho realizado para a ampliação e o fortalecimento da participação social em nosso governo. A nomeação de Boulos sai amanhã no Diário Oficial”, escreveu o presidente Lula nas redes sociais.
A Secretaria-Geral é responsável pela articulação do governo com os movimentos sociais. A mudança no comando da pasta vem no momento em que o presidente busca fortalecer a base para as eleições de 2026. A saída de Macêdo já era ventilada desde o ano passado e voltou a ganhar força recentemente, em meio aos esforços do governo para reorganizar a base.