De acordo com o levantamento da Universidade de São Paulo (USP), a constipação intestinal — condição popularmente conhecida como intestino preso ou prisão de ventre — afeta em torno de 25% a 30% da população brasileira.
Dados da pesquisa evidenciaram que o quadro é mais prevalente entre mulheres, chegando a 37,2%, enquanto o índice entre os homens é de 10,2%. Mais do que ficar sem ir ao banheiro, o problema causa irritabilidade, gases, náuseas, cólicas e enjoos.
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De acordo com o coloproctologista Danilo Munhóz, o intestino preso é um “problema comum” e decorre de diversas causas, mas três fatores costumam ser os mais frequentes: alimentação pobre em fibras, baixa ingestão de líquidos e sedentarismo. À coluna Claudia Meireles, o médico pontua como esses hábitos prejudicam a saúde intestinal.
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A constipação é resultado da dificuldade de evacuação
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Determinados hábitos prejudicam a saúde intestinal
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Uma alimentação equilibrada torna a flora intestinal mais saudável
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O intestino é responsável pela absorção de nutrientes
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Com relação ao baixo consumo de fibras, o especialista detalha que esses nutrientes estão presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais. “São responsáveis por dar volume e consistência às fezes, facilitando a evacuação”, explica. “Quando estão em falta, o intestino trabalha mais devagar e as fezes ficam ressecadas”.
Da mesma forma, a falta de água dificulta a passagem do bolo fecal e aumenta o esforço para evacuar, o que tende a causar fissuras e hemorroidas, segundo esclarece o coloproctologista.
A respeito do fator sedentarismo, Danilo frisa que o movimento do corpo ajuda o intestino a funcionar. “A falta de atividade física reduz o estímulo natural da musculatura abdominal e intestinal, deixando o trânsito mais lento”.
Praticar atividade física previne o quadro de intestino preso
Atenção ao intestino preso
Além dos três fatores citados, o médico lista que hábitos irregulares e a pressa do dia a dia contribuem para o quadro de intestino preso. “Ignorar a vontade de evacuar, fazer dietas restritivas ou uso excessivo de laxantes são comportamentos que prejudicam o ritmo natural do órgão”, sustenta o médico.
De acordo com o especialista, em algumas pessoas, a constipação intestinal pode estar relacionada a alterações hormonais, uso de medicamentos ou doenças específicas, o que exige avaliação médica. Ele orienta ser ideal adotar uma alimentação rica em fibras, beber pelo menos dois litros de água por dia e praticar atividade física regularmente.
Nos casos em que o intestino continuar preso por mais de alguns dias ou surgir dores, inchaço ou sangue nas fezes, Danilo Munhóz aconselha procurar um coloproctologista para “investigar a causar e tratar de forma adequada”.
O coloproctologista reforça que ficar com o intestino preso por mais de alguns dias requer atendimento especializado
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