Nos últimos anos, o clareamento anal saiu das clínicas estéticas para os tutoriais caseiros na internet. Basta uma busca rápida para encontrar receitas com limão, bicarbonato, vinagre e até água oxigenada — todas prometendo resultados rápidos e “naturais” para uma região do corpo que sequer deveria ser motivo de insegurança. O problema é que as soluções caseiras, além de ineficazes, podem ser perigosas.
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Segundo o coloproctologista Danilo Munhoz, a pele ao redor do ânus é extremamente delicada e sensível, e o uso de substâncias abrasivas ou ácidas pode causar sérios danos à saúde íntima, como queimaduras, alergias, feridas e até infecções.
“Além dos riscos médicos, o resultado estético pode ser o oposto do desejado. O uso de produtos ácidos ou abrasivos pode causar um efeito chamado hiperpigmentação pós-inflamatória — ou seja, a pele, em vez de clarear, pode escurecer ainda mais como resposta à agressão”, explica Danilo.
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Há também o risco de surgirem manchas irregulares, cicatrizes ou perda de pigmentação em algumas áreas, deixando a região com aspecto manchado ou danificado de forma permanente. “Em muitos casos, os danos são difíceis de reverter, mesmo com tratamentos dermatológicos posteriores”, salienta o médico.
Por trás dessa prática, há uma pressão estética silenciosa — e cruel. A busca por um corpo “ideal”, impulsionada por padrões irreais, faz muitas pessoas acreditarem que há algo errado com a cor natural da pele em regiões íntimas. “A verdade é que o escurecimento da pele em regiões íntimas é comum e absolutamente normal.”
Evite receitas caseiras para clarear regiões íntimas
A recomendação do especialista é clara: evite soluções caseiras e desconfie de receitas milagrosas. Se houver incômodo real com a aparência ou textura da pele íntima, o mais seguro é conversar com um profissional de saúde. “Um bom médico vai saber acolher, explicar o que é normal e, se for o caso, indicar tratamentos seguros, eficazes e aprovados cientificamente.”