A Prefeitura de São Paulo confirmou neste sábado (4/10), a segunda morte causada por intoxicação por metanol na capital paulista. Trata-se de um homem de 46 anos, que faleceu na última quinta-feira (2/10).
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a vítima começou a apresentar sintomas no dia 29 de setembro. Ele foi atendido no Hospital Municipal Dr. Carmino caricchio, no Tatuapé, zona leste da cidade, mas não sobreviveu.
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A pasta já havia confirmado uma primeira morta causada pela contaminação por metanol no dia 15 de setembro. A vítima também era um homem, mas de 54 anos. Ele apresentou sintomas no dia 9 do mesmo mês e foi atendido pela rede privada.
A secretaria municipal lamentou as duas perdas.
Estabelecimentos fiscalizados
Ainda de acordo com a prefeitura, dois estabelecimentos foram fiscalizados pela Vigilância Sanitária nessa sexta-feira (3/10). Um no bairro Cidade Dutra foi interditado totalmente e outro, no bairro Jardim São Luiz, teve a interdição parcial nas vendas de bebidas alcoólicas.
Peritos analisam destilados em SP
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Autoridades paulistas realizam operações contra a intoxicação por metanol em bebidas
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Autoridades apreenderam em um mercadinho mais de 40 garrafas de whisky, gin e vodca
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Procon participa da operação também
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Polícia de SP diz que investiga quatro casos de contaminação por metanol na capital e mais quatro na Grande SP
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Um estabelecimento no Jardins, outro na Mooca, um na Vila Mariana e outro em São Bernardo foram interditados
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Entre terça e quarta, foram apreendidas 800 garrafas de bebidas alcoólicas suspeitas de adulteração
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Vigilância Sanitária trabalha em conjunto com a Policia Civil de SP
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Duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na intoxicação por metanol
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Só nesta terça-feira, 112 garrafas de vodca foram apreendidas em diversos pontos da capital paulista
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Os bares estão sendo interditados de maneira cautelar
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Operação apreendeu 50 mil garrafas de bebidas adulteradas
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Quatro estabelecimentos foram interditados e um proibido de vender bebidas alcoólicas após operação em SP
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Vigilância Sanitária interditou alguns estabelecimentos em SP
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Resumo das interdições:
- Na região dos Jardins e na Mooca, interdição cautelar total;
- na Vila Mariana, produtos destilados foram lacrados e encaminhados à Polícia Civil por ausência de notas fiscais, com interdição cautelar das atividades;
- na Bela Vista, dois locais do mesmo grupo econômico foram interditados por falta de licença sanitária e venda de bebidas suspeitas, com lacre dos destilados;
- no Campo Limpo, não foram encontradas irregularidades;
- no Itaim Bibi, estabelecimento interditado por irregularidades sanitárias e venda de bebidas relacionadas aos casos de intoxicação, produtos lacrados e enviados à análise;
- na Cidade Líder, estabelecimento apresentou notas fiscais, mas amostras foram recolhidas pela Polícia Civil, local autuado e bebidas interditadas;
- e no M’Boi Mirim, estabelecimento com irregularidades e evidências de possível adulteração teve interdição total.
Intoxicação por metanol
Altamente inflamável e tóxico à saúde humana, o metanol, também conhecido como álcool metílico, é incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum. Utilizado na formulação de tintas, combustíveis e adesivos, o composto também aparece, em pequenas quantidades, no processo de fermentação de frutas e vegetais.
Se consumido em grande quantidade, o composto químico pode causar cegueira e até ser letal. Por isso, segundo regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o limite permitido de metanol em destilados, em geral, é de 20 miligramas a cada 100 mililitros. Isso equivale, aproximadamente, a algumas gotas.
Sem o uso da dose correta, no entanto, o composto é altamente tóxico à saúde humana. Em meio a uma série de intoxicações pelo consumo de bebidas adulteradas com metanol em São Paulo, até essa quinta-feira (2/10), foram registradas 52 notificações de casos suspeitos. Do total, 11 já foram confirmados.
Há também seis óbitos associados ao metanol no estado até o momento: um confirmado e cinco em investigação. No país, outras sete mortes seguem em investigação, conforme informou o Ministério da Saúde (MS).