O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou segunda-feira (6/10) que todos os casos suspeitos de intoxicação por metanol foram “descartados” em Brasília, no Espírito Santo e na Bahia.
Em entrevista à coluna, Padilha disse que, por ora, os casos estão concentrados em São Paulo e que também foram “identificados” casos no Paraná, estado que faz divisa com São Paulo.
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha
Reprodução/MS
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
“Por enquanto, temos casos confirmados concentrados em São Paulo. Foram identificados dois no Paraná, que faz divisa ali com São Paulo. As notificações no resto do país são importantes, a partir da suspeita clínica, mas não há nenhum caso confirmado. Os casos notificados na Bahia foram rapidamente descartados pelos exames laboratoriais feitos pelo estado, mesma coisa no caso do Espírito Santo. Então, por enquanto, temos uma situação concentrada em São Paulo e, agora, também no Paraná. Os casos aqui de Brasília também foram descartados do ponto de vista laboratorial”, afirmou.
Caso do cantor Hungria
Na entrevista, o ministro ressaltou o caso do rapper Hungria, que foi internado em Brasília com suspeita de contaminação por metanol, mas recebeu alta e teve a intoxicação descartada.
“Ele já teve alta, está em casa. Durante o acompanhamento, já havia sido solicitado um exame para detecção do metanol pela rede privada, mas o Ministério da Saúde ajudou no acesso ao centro de referência de toxicologia do SUS, que fez a detecção mais rápida e destacou a ausência do metanol — não só do metanol, mas também de seus derivados, como o ácido fórmico, que causa agressão ao sistema nervoso central. Mais informações serão fornecidas pela própria equipe médica”, afirmou Padilha.
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Situação atual
No domingo (5/10), o Ministério da Saúde informou que o número de casos por intoxicação por metanol, entre investigados e confirmados, chegou a 225. Em todo o país, são 16 casos confirmados e 209 em investigação.
São Paulo é o estado que registra o maior número: 14 confirmados com a intoxicação e 178 em suspeita. De acordo com o ministério, o Ceará notificou o primeiro caso suspeito.