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    Metanol: prisões por venda de bebida adulterada chegam a 51 em SP

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    O Governo de São Paulo contabiliza 51 prisões por venda irregular ou adulteração de bebidas neste ano no estado. Desse total, 30 ocorreram a partir do final de setembro, quando ações de fiscalizações foram intensificadas em razão da onda de casos de intoxicação por metanol em destilados.

    Até este sábado (11/10), o estado registrou cinco mortes após ingestão de bebidas “batizadas” com metanol. São 25 casos confirmados de intoxicação e outros 160 em investigação.

    As prisões mais recentes ocorreram em Hortolândia e Tatuí, no interior paulista. Na sexta-feira (10/10), um homem de 27 anos foi preso durante uma vistoria da Polícia Militar em uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em Hortolândia.

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    No local, os agentes encontraram 1.258 garrafas cheias de bebidas de diferentes marcas, além de 8.800 garrafas vazias, tampinhas, rolos de rótulos, lacres com selo de importação, galões vazios e outros cheios de substância semelhante a álcool.

    Também foram apreendidos maquinários usados no envase e fechamento das garrafas, além de um celular do suspeito.

    Já em Tatuí, a polícia prendeu um homem de 42 anos responsável também por uma fábrica clandestina de bebidas. O esquema desmantelado pela Polícia Civil contava com a participação de um adolescente, de 17 anos, contratado para auxiliar na adulteração e no envase de bebidas destiladas para revenda.

    O último balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), desta sexta-feira (10/10) informa que o total de casos descartados por intoxicação por metanol, após análises clínicas e epidemiológicas, subiu para 189.

    Fiscalizações do Procon

    Um mutirão com mais de 400 agentes do Procon-SP e de Procons municipais de 92 cidades fiscalizou, na noite de sexta-feira (10/10), mais de mil bares e estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas.

    A operação #DeOlhoNoCopo ocorreu em meio a uma força-tarefa para conter casos de intoxicação por metanol causados por falsificação de bebidas.

    O número de casos confirmados de intoxicação por metanol em São Paulo subiu para 25, de acordo com o novo balanço publicado pelo governo na sexta.

    Os agentes verificaram o cumprimento das regras do Código de Defesa do Consumidor, com atenção à procedência e regularidade das bebidas comercializadas, e orientaram o público sobre os riscos da contaminação.

    Só na capital paulista, 139 estabelecimentos foram fiscalizados e orientados, enquanto 67 receberam equipes nos núcleos regionais do interior e do litoral.

    Os fiscais encontraram irregularidades em 42 locais, relacionadas a descumprimentos do Código de Defesa do Consumidor. Não houve registros de suspeita de adulteração de bebidas.

    “Estamos realizando uma operação conjunta voltada à saúde do cidadão paulista. Atuamos junto com o consumidor para restabelecer a confiança nos estabelecimentos”, afirmou Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP.

    Números do Governo de SP

    • 185 casos de intoxicação no total, sendo 160 em investigação. 189 casos descartados
    • 5 mortes confirmadas, sendo três homens de 54, 46 e 45 anos, residentes da cidade de São Paulo, uma mulher de 30 anos de São Bernardo do Campo e um homem de Osasco de 23 anos
    • 6 mortes em investigação, sendo quatro no município de São Paulo  (33, 36, 50 e 51 anos) e dois em São Bernardo do Campo (49 e 58 anos)
    • Mais de 21,4 mil garrafas apreendidas desde o dia 29/9.  Mais de 71,4 mil garrafas apreendidas ao longo de 2025
    • Mais de 105,2 mil insumos apreendidos
    • 480 mil rótulos apreendidos desde o dia 29/9. Mais de 15 milhões de rótulos apreendidos ao longo do ano
    • Mais de 121,8 mil vasilhames vazios apreendidos
    • 51 pessoas presas; 30 desde o dia 29/9
    • 13 estabelecimentos interditados cautelarmente