A Prefeitura de Mongaguá, no litoral paulista, confirmou que a adolescente de 16 anos que foi internada em estado grave no fim de setembro está intoxicada por metanol. O resultado foi confirmado por critérios clínicos em conjunto com exame preliminar de urina que apontou a presença da substância, segundo a gestão municipal.
A jovem deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade no dia 28 de setembro, às 11h16, e foi transferida para o Hospital Regional de Itanhaém no mesmo dia, devido à gravidade do quadro.
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Peritos analisam destilados em SP
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Autoridades apreenderam em um mercadinho mais de 40 garrafas de uísque, gin e vodca
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Procon participa da operação também
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Polícia de SP investiga casos
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Um estabelecimento nos Jardins, outro na Mooca, um na Vila Mariana e outro em São Bernardo foram interditados
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Entre terça e quarta, foram apreendidas 800 garrafas de bebidas alcoólicas suspeitas de adulteração
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Vigilância Sanitária trabalha em conjunto com a Polícia Civil de SP
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Duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em intoxicação por metanol
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Só nesta terça-feira, 112 garrafas de vodca foram apreendidas em diversos pontos da capital paulista
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Os bares estão sendo interditados de maneira cautelar
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Operação apreendeu 50 mil garrafas de bebidas adulteradas
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Vigilância Sanitária interditou estabelecimentos em SP
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Segundo a prefeitura, a adolescente permanece na UTI, em estado grave, com prognóstico reservado — quando não é possível prever as chances de recuperação de um paciente. Ela segue sob cuidados intensivos.
“A Secretaria Municipal de Saúde permanece acompanhando a paciente”, afirmou a pasta.
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Metanol em SP
De acordo com a mais recente atualização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgada na segunda-feira (13/10), São Paulo tem 28 casos confirmados de intoxicação, além de 100 em investigação. Cinco óbitos foram confirmados e três seguem em investigação. Até o momento, 246 casos foram descartados e 15 estabelecimentos foram interditados cautelarmente.
A operação que combate a adulteração de bebidas por metanol, batizada de Poison Source, foi iniciada em 3 de outubro, após a prisão de um dos maiores falsificadores do Brasil, segundo o governo estadual O homem, que foi localizado no bairro Jardim Corumbé, na zona norte da capital paulista, é suspeito de abastecer diversas regiões do estado.
Nessa terça-feira (14/10), a Polícia Civil mirou uma rede criminosa que adulterava e falsificava bebidas alcoólicas. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em oito municípios: São Paulo, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara. Um dos seis presos também foi indiciado em flagrante por porte ilegal de armas.
Intoxicação por metanol
Altamente inflamável e tóxico à saúde humana, o metanol, também conhecido como álcool metílico, é incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum. Utilizado na formulação de tintas, combustíveis e adesivos, o composto também aparece, em pequenas quantidades, no processo de fermentação de frutas e vegetais.
Se consumido em grande quantidade, o composto químico pode causar cegueira e até ser letal. Por isso, segundo regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o limite permitido de metanol em destilados, em geral, é de 20 miligramas a cada 100 mililitros. Isso equivale, aproximadamente, a algumas gotas.