Morreu nesta segunda-feira (27/10) o advogado Sergio Bermudes, aos 79 anos. Ele foi um dos mais conhecidos advogados do país e faleceu em decorrência de complicações causadas por Covid-19 após uma longa internação.
Nascido em Cachoeiro do Itapemirim (ES), Bermudes acumulou quase 50 anos de carreira, tendo fundado seu escritório de advocacia, o Sergio Bermudes Advogados, em 1969.
Um de seus casos mais famosos foi logo no início de sua carreira, quando atuou na causa da viúva de Vladmir Herzog, conseguindo o reconhecimento de que o jornalista foi assassinado sob custódia do Exército.
Já nos anos 1980, o advogado passou a atuar em uma posição de liderança no contencioso cível e na área de reestruturação de empresas, atuando em todo o país.
Seu escritório possui filiais no Rio de Janeiro, em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte e conta com uma equipe de mais de 130 advogados e consultores, além de 120 estagiários.
Bermudes também atuou como professor, tendo iniciado a carreira docente em 1970 como professor assistente de Teoria Geral do Estado da Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara (atual Uerj), e como professor de Direito Processual Civil da Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro, da qual se tornou titular em 1971.
Em 1978, assumiu a cadeira de Direito Processual Civil da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Em 1985, nomeado pelo Governo da República, também passou a integrar a comissão de cinco processualistas designada para proceder à revisão do Código de Processo Civil. Além disso, foi, por dois anos juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
