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Morte de ex-delegado: após 1 mês, polícia tem 2 hipóteses para o crime

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Morte de ex-delegado: após 1 mês, polícia tem 2 hipóteses para o crime

Há exatamente um mês, em 15 de setembro, o ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, então secretário da Administração de Praia Grande, no litoral paulista, foi morto a tiros em uma emboscada no município da Baixada Santista. O caso segue em aberto. Até agora, cinco pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na execução.

Fontes próximas à investigação confirmaram ao Metrópoles que, até o momento, a apuração conduzida pelo Departamento Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) trabalha com duas principais hipóteses:

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Polícia Civil de SP/Divulgação

Suposta vingança do crime organizado

Ruy construiu grande carreira na Polícia Civil paulista, chegando ao posto máximo da instituição: delegado-geral. Ele foi o primeiro delegado a investigar o PCC no estado, no começo dos anos 2000, e atuou na transferência de algumas das principais lideranças da facção para presídios federais de segurança máxima, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

O ex-delegado teria sido jurado de morte por Marcola, apontado como líder máximo da facção, em 2019, após o criminoso ser transferido para o sistema penitenciário federal. A defesa de Marco nega qualquer envolvimento dele com o crime organizado.

Logo no início das investigações, a cúpula da Segurança Pública de SP (SSP) passou a tratar o crime como vingança. “Isso aí, certamente foi vingança do PCC. Ele lutou muito contra a facção”, disse o secretário-executivo da pasta, Osvaldo Nico Gonçalves, ao Metrópoles.

As suspeitas de envolvimento da facção na execução de Ruy aumentaram quando a perícia identificou as digitais de Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano, em um dos carros usados no crime. Apontado como “disciplina” do PCC no ABC Paulista, na região metropolitana de São Paulo, ele foi preso em 6 de outubro, sob suspeita de participação no assassinato.

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Retaliação de colegas de prefeitura

Outra hipótese investigada pela polícia, que não necessariamente descarta a participação do PCC, vista a suposta presença de Mascherano no crime, é de que Ruy foi vítima de uma retaliação por parte de colegas de trabalho na Prefeitura de Praia Grande.

Ruy estaria supervisionando um contrato no valor de R$ 24,8 milhões, firmado pela gestão municipal para ampliar o sistema de videomonitoramento e Wi-Fi da cidade. A licitação foi aberta em 1º de setembro deste ano e finalizada no dia 15, a mesma data do assassinato.

Ao todo, cinco funcionários da Prefeitura de Praia Grande são investigados: o subsecretário de Gestão de Tecnologia Sandro Rogério Pardini, um agente da Secretaria de Urbanismo, um engenheiro da Secretaria de Planejamento, uma diretora da Secretaria de Planejamento e um funcionário da Secretaria de Administração.

No endereço de Sandro Pardini, foram apreendidos um celular, dois notebooks, dois pendrives, um computador e três pistolas, além de uma quantia de R$ 50 mil, U$ 10,3 mil e E$ 1,1 mil. Ele pediu exoneração do cargo durante as investigações.

Segundo a defesa do subsecretário, o pedido de demissão foi feito para “direcionar todos os seus esforços ao pleno esclarecimento dos fatos”. Pardini nega qualquer envolvimento na execução de Ruy Ferraz.

Prisões e morte de suspeito

A captura de Mascherano, em 6 de outubro, foi a quinta prisão relacionada ao caso. Os detidos anteriormente são:

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Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano, suspeito de participar da execução do delegado Ruy Ferraz Fontes

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Flávio Henrique Ferreira de Souza, suspeito de participar da execução do delegado Ruy Ferraz Fontes

Divulgação/Polícia Civil

Execução de ex-delegado

Imagens de câmeras de segurança foram utilizadas pela Polícia Civil para entender a dinâmica do crime que vitimou o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, no dia 15 de setembro.

Um vídeo obtido pelo Metrópoles mostra o momento em que os criminosos deram início à emboscada. Eles estacionaram o carro em uma rua perto da Prefeitura de Praia Grande, onde a vítima trabalhava como titular da Secretaria de Administração, às 18h02.

Outras imagens flagraram o instante em que o delegado bate o carro em um ônibus e é alvo de fuzilamento.

Veja:

Após 14 minutos, o veículo de Ruy Fontes aparece na gravação, passa ao lado dos criminosos e é alvo de tiros. Ruy tenta fugir, mas é perseguido, bate o carro em um ônibus após cerca de 2,5 quilômetros e é executado.

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A execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

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O velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

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O velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

Valentina Moreira/Metrópoles

Quem era Ruy Ferraz

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