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MPDFT denuncia 14 policiais militares por tortura de soldado em curso

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MPDFT denuncia 14 policiais militares por tortura de soldado em curso

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou, nesta quinta-feira (30/10), 14 policiais militares por torturar um soldado. A vítima participava do XVI Curso de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) quando foi agredida, em abril de 2024.

Segundo a denúncia do MPDFT, assinada pelo promotor de Justiça Flávio Milhomem, os policiais submeteram Danilo Martins Pereira, com “emprego de violência e grave ameaça, a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal e medida de caráter preventivo, com a finalidade de impedir sua permanência no referido curso operacional; ou se omitiram quanto ao dever legal de evitar que a vítima fosse submetida a tortura por seus colegas de farda”.

Entenda o caso

O MPDFT pede a condenação dos PMs, além da decretação da perda dos cargos públicos e o pagamento de indenização por danos materiais e morais ao soldado.

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Catorze pessoas foram presas após denúncia do miltiar

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Soldado passou seis dias na unidade de terapia intensiva (UTI)

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Soldado não quer mais seguir na carreira policial

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Para Danilo, objetivo dos superiores era mostrar que ele deveria desistir

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Danilo Martins Pereira relatou ter sofrido agressão por oito horas

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Danilo disse que pode ficar com sequelas

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Danilo ficou seis dias internado em um hospital após as lesões, sendo quatro deles na unidade de terapia intensiva (UTI). O soldado estava com um quadro de rabdomiólise, quando a fibra muscular rompe e ela solta uma toxina que afeta os rins, o que causa insuficiência renal.

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Em entrevista ao Metrópoles, no ano passado, o soldado disse que os superiores queriam que ele “desistisse”. Um dos PMs teria dito a Danilo que recebeu a “missão” de tirá-lo do curso. “O meu papel já estava preenchido todo no Word, com meus dados. Ficava o papel toda hora na minha frente”, contou.

“Eu achei que estavam me testando para ver meu limite”, relatou. “Só percebi mesmo que estava sendo torturado quando não consegui respirar”.

Em depoimento, a vítima relatou que foi submetida aos seguintes atos:

Prisões

Logo após Danilo Martins denunciar a tortura, ainda em abril de 2024, os policiais militares envolvidos foram presos temporariamente. Os celulares dos envolvidos foram apreendidos e o curso acabou suspenso.

A pedido do MPDFT, a Justiça também determinou o afastamento do comandante do BPChoque e o acesso ao prontuário médico da vítima para elaboração do laudo de exame de corpo de delito.

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