O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quarta-feira (29/10) ao diretor do Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, André Luís dos Santos Medeiros, que sejam disponibilizados em até 48 horas os protocolos adotados na identificação dos mortos na operação mais letal da história do estado, que deixou mais de 100 mortos.
O documento encaminhado ao IML é assinado pelo pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão Adjunto, Julio José Araujo Junior. Nele, o procurador elenca oito itens mínimos que precisarão ser seguidos pelo órgão:
- Descrição completa das lesões externas;
- Descrição completa das lesões internas;
- Identificação dos projéteis nos corpos e extração para encaminhamento pericial;
- Exame radiográfico dos polibaleados;
- Croqui com lesão dos corpos;
- Fotografia de todas as lesões encontradas nos cadáveres;
- Fotografia das características individualizantes; e
- Item de discussão contendo trajetória dos projetis e distância dos disparos.
Na solicitação, Junior justifica o prazo de 48 horas dada “a urgência do tema”. A Defensoria Pública do Rio fala em 132 mortos, enquanto o governo do estado confirma 119 óbitos.
Segundo o governo, o objetivo da operação era desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), principal facção do tráfico no estado, e apreender fuzis que a organização criminosa portava.
Nesta quarta, moradores localizaram e retiraram corpos de uma mata próxima de onde foi realizada a operação.

