Milhares de israelenses se reuniram neste sábado (11/9) na Praça dos Reféns, no centro de Tel Aviv, para celebrar o cessar-fogo entre Israel e Hamas, que entrou em vigor nessa sexta-feira (10/10). O ponto de encontro ficou conhecido por reunir familiares que pediam a libertação dos reféns desde o início do conflito, que completou dois anos.
O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, foi ovacionado pela multidão. Witkoff discursou ao lado de Jared Kushner, ex-assessor e genro de Donald Trump, e de Ivanka Trump, filha do presidente norte-americano.
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Multidão em Israel celebra cessar-fogo e pede prêmio Nobel para Trump
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Segundo a mídia israelense, os presentes aplaudiram Trump quando ele foi citado durante a fala do enviado especial, e vaiaram todas as vezes em que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi mencionado.
Witkoff esteve em Gaza na manhã deste sábado para, segundo ele, garantir que Israel cumpra o plano de cessar-fogo de Trump.
O fim da guerra entre Israel e Hamas foi anunciado na quinta-feira (9/10) pelo presidente dos EUA. As partes assinaram a primeira fase do cessar-fogo, que prevê a libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos após os reféns do Hamas retornarem a Israel.
Ao fim do cumprimento dos termos acordados na primeira etapa, outros pontos do plano de paz começarão a ser abordados.
Segundo informações da Defesa Civil de Gaza, somente nessa sexta, cerca de 200 mil palestinos se deslocaram para o norte do território.
Apesar do fim da guerra, iniciada em 7 de outubro de 2023, muitos palestinos relutam em retornar às suas casas, que foram destruídas pelos bombardeios israelenses. Trump, mediador do cessar-fogo, anunciou, entretanto, que um dos acordos do Plano de Paz envolve a reconstrução de Gaza.
Nobel para Trump
Os manifestantes em Tel Aviv carregaram uma faixa solicitando que o presidente dos EUA receba o prêmio Nobel da Paz pela articulação que resultou no fim da guerra. Nessa sexta, o Comitê Norueguês do Nobel concedeu o prêmio à líder da oposição venezuelana María Corina Machado.
Segundo Trump, a venezuelana ligou para ele e defendeu que ele merecia o prêmio. De acordo com o republicano, María Corina teria sido “muito gentil” e reconhecido o papel dos Estados Unidos em apoiar a oposição venezuelana.
“Eu não disse ‘então me dê’, mas acho que ela poderia ter dito. Eles precisam de muita ajuda na Venezuela, é um desastre básico”, declarou durante coletiva de imprensa no Salão Oval.
Na ocasião, Trump aproveitou para exaltar seu papel no acordo de cessar-fogo, que ele classificou como “o mais importante já feito em termos de paz”.