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    “Musa do crime”, Japinha do CV não aparece na primeira lista de mortos

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    Um detalhe chamou a atenção na divulgação da lista de mortos na megaoperação deflagrada nesta terça-feira (28/10), nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. A traficante conhecida como “Japinha do CV” ou “Penélope”, apontada como uma das principais combatentes do Comando Vermelho (CV), não apareceu entre os 99 nomes inicialmente divulgados pelas autoridades, nesta sexta-feira (31).

    A criminosa foi atingida por um disparo de fuzil que esfacelou a cabeça, após reagir à abordagem policial e abrir fogo contra os agentes. No momento da morte, ela vestia roupa camuflada, colete tático e portava armamento de guerra, o que reforça seu papel ativo na linha de frente da facção.

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    Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, entre os 117 suspeitos mortos, 78 tinham histórico criminal e 42 estavam foragidos. Curi também destacou que os complexos da Penha e do Alemão funcionavam como “quartéis-generais” do Comando Vermelho em todo o país, onde integrantes eram treinados para atuar em outros estados.

    Veja imagens da Japinha do CV:

    9 imagensPedido dos familiaresJapinha do CV teve rosto esfacelado com tiro de fuzilFoto nas redes sociaisFechar modal.1 de 9

    Mensagens no X para Japinha do CV

    Reprodução/Redes Sociais2 de 9

    Pedido dos familiares

    Reprodução / Redes sociais3 de 9

    Japinha do CV teve rosto esfacelado com tiro de fuzil

    Material cedido ao Metrópoles4 de 9

    Foto nas redes sociais

    Reprodução/Redes sociais5 de 9

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    Japinha com fuzil

    Imagem cedida ao Metrópoles8 de 9

    Foto de fuzil com ursinhos

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    Corpo de Japinha no chão

     

    Operação letal

    “A investigação mostra que ali é o centro de decisão do CV. Os criminosos são treinados aqui e enviados de volta para espalhar a cultura da facção”, afirmou o secretário. Entre os mortos confirmados, estão lideranças da facção vindas de diversos estados, como Chico Rato (AM), DG (BA), FB (BA) e Russo (ES). Ao todo, 39 corpos são de suspeitos oriundos de fora do Rio.

    A morte de Penélope ocorreu durante a maior e mais letal operação policial da história do estado, que terminou com 117 mortos — incluindo quatro policiais — e 83 presos.

    Segundo o Palácio Guanabara, a ação mobilizou 2,5 mil agentes de diversas corporações, entre Polícia Civil, Polícia Militar e unidades especiais, com o objetivo de conter o avanço territorial do Comando Vermelho e desarticular sua base logística.

    Moradores relataram madrugada de terror, com helicópteros sobrevoando as comunidades e blindados abrindo caminho por becos e vielas. O barulho de tiros e explosões se estendeu até o amanhecer, especialmente nas regiões da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro.