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    O alerta de Motta a Lula durante jantar no Alvorada

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    O presidente Lula e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), jantaram no domingo (19/10) fora da agenda oficial. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial do petista.

    A deputados Motta relatou que, durante o jantar, fez um alerta a Lula sobre o pacote que o governo quer enviar ao Congresso para compensar a arrecadação perdida com a medida provisória alternativa  (MP) ao IOF.

    3 imagensHugo Motta e LulaMinistra Gleisi Hoffmann e o presidente da Câmara, Hugo MottaFechar modal.1 de 3

    Ministra Gleisi Hoffmann e o presidente da Câmara, Hugo Motta

    Gil Ferreira/SRI2 de 3

    Hugo Motta e Lula

    BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto3 de 3

    Ministra Gleisi Hoffmann e o presidente da Câmara, Hugo Motta

    Gil Ferreira/SRI

    A MP perdeu a validade no início de outubro sem ser votada pelos deputados. Com a derrota, a equipe econômica calcula ter perdido R$ 30 bilhões, valor que o governo esperava arrecadar com a MP.

    Segundo relatos, Motta alertou Lula que o ideal seria o Ministério da Fazenda só enviar o pacote após o governo azeitar melhor a relação com os deputados, sobretudo com parlamentares de partidos do Centrão.

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    Desde a derrota com a MP, o Palácio do Planalto começou a cortar cargos de deputados que contribuíram para a medida caducar. A “limpa” promovida pelo Planalto irritou parlamentares de diversos partidos.

    Motta e Gleisi se reúnem com partidos

    Nesta semana, porém, Motta e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, iniciaram uma série de conversas com partidos do Centrão para repactuar a relação dessas legendas com o governo.

    Na quarta-feira (22/10), por exemplo, os dois se reuniram com o PP. Também há encontros previstos com o União Brasil, Republicanos e PSD. A expectativa do governo é concluir essas conversas na próxima semana.

    Em entrevista na quinta-feira (23/10), Motta disse que o governo deve apresentar o pacote de compensações à MP “até a semana que vem”. Ele ressaltou, contudo, que o foco será corte de gastos.

    O presidente da Câmara fez questão de ressaltar que o debate sobre o corte de renúncias fiscais, defendido por lideranças do governo, não será tratado agora e ficará “mais para frente um pouco”.