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​O jogo político que impede o Rio de ter paz

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​O jogo político que impede o Rio de ter paz

O que incomoda profundamente nessa discussão sobre segurança pública é o jogo da culpa. Estão tentando, a todo custo, jogar a responsabilidade para o Governo Federal, mas a realidade dos fatos é muito clara: a responsabilidade pela segurança pública está consagrada na Constituição como sendo dos governos dos estados.

Não estou dizendo que o governo federal não deve ajudar—deve, sim!—mas a atribuição primária é dos governos estaduais. E aqui está a chave: há quantas décadas a direita governa o Rio de Janeiro? É essa mesma direita que sempre fez da segurança sua bandeira e, no entanto, é sob a gestão dela que o crime cresceu exponencialmente no estado!

Ora, se o crime aumentou sob os governos que se dizem mais preocupados com a ordem, por que essa gente tenta, agora, empurrar o fracasso para o colo de Brasília?

A resposta é cínica. Quando o governo federal, tentando contribuir de forma harmônica, apresenta propostas ao Congresso para compartilhar essa responsabilidade e buscar soluções estruturais, a maioria de direita no Congresso não aceita. Eles não aceitam porque, no fundo, não querem resolver o problema da segurança pública.

Essa gente quer continuar com esse método falho, quer continuar com a “matança, mata, mata, mata”. E por que querem continuar? Porque, para eles, o debate é um palanque. Eles se agarram à bandeira do “bandido bom é bandido morto”, ignorando que esse não é o caminho e nem o método para melhorar a situação do Rio de Janeiro.

A culpa é do método e de quem o perpetua por interesse político.

Assista:

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