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    O pedido do governo Trump na mesa de negociações com o Brasil

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    O governo dos Estados Unidos fez um primeiro aceno à gestão Lula após o encontro bilateral entre o presidente brasileiro e Donald Trump. Segundo integrantes do Itamaraty ouvidos pela coluna, Washington demonstrou interesse em participar na exploração de elementos usados na fabricação de turbinas e em tecnologias de ponta voltadas à defesa — tema que, de acordo com interlocutores, “muito agrada” à Casa Branca.

    A proposta deverá ser discutida em uma reunião entre autoridades brasileiras e norte-americanas prevista para novembro. Pelo lado do Brasil, devem participar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin; e o chanceler, Mauro Vieira. Representando os Estados Unidos, estão confirmados o secretário de Estado, Marco Rubio, e o representante de Comércio, Jamieson Greer.

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    Na pauta, segundo fontes brasileiras envolvidas nas tratativas, estarão a redução de tarifas e a suspensão de sanções impostas a autoridades brasileiras. O Brasil solicitará que Washington retire as sanções da Lei Magnitsky aplicadas contra o ministro Alexandre de Moraes.

    Trump se reuniu na quinta-feira (30) com o presidente chinês, Xi Jinping, e decidiu aliviar tarifas impostas a Pequim. O gesto é visto como estratégico: ampliar o acesso dos Estados Unidos às chamadas terras raras — matérias-primas essenciais para a indústria de defesa — reduziria a dependência norte-americana em relação à China.