Embora Renan Calheiros (MDB-AL) seja visto como um aliado, integrantes do Palácio do Planalto demonstram uma preocupação com a escolha do emedebista para relatar a reforma do Imposto de Renda (IR) no Senado.
A avaliação de auxiliares de Lula é de que Renan é um político experiente, moderado e que tem familiaridade com a pauta. O temor está ligado à relação conflituosa do senador com Arthur Lira (PP-AL), relatar do projeto na Câmara.
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O senador Renan Calheiros e o presidente da Câmara, Arthur Lira
Daniel Ferreira/Metrópoles; Vinícius Schmidt/Metrópoles
Integrantes da articulação política do governo temem que a rivalidade entre Renan e Lira atrase a tramitação do projeto, que aumenta a faixa de isenção do IR dos atuais cerca de R$ 3,8 mil para quem ganha até R$ 5 mil.
Assessores de Lula temem, por exemplo, que eventuais alterações feitas por Renan no texto no Senado obriguem a matéria a retornar para a Câmara, atrasando o envio da proposta para sanção presidencial.
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Integrantes do Planalto sustentam que o governo não teria articulado o nome de Renan para a relatoria da projeto. A escolha teria sido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que a anunciou na terça-feira (7/10).
Lira e Renan
Lira e Renan Calheiros são adversários políticos históricos em Alagoas, reduto eleitoral de ambos. Os dois protagonizam disputas judiciais há anos e já trocaram farpas publicamente, inclusive nas redes sociais.