A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lamentou, nesta quinta-feira (2/10), a morte do advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco, de 51 anos, que pode ter sido causada por intoxicação por metanol.
“Pacheco sempre exerceu a advocacia com firmeza, seriedade e respeito às instituições. Era uma referência na defesa das prerrogativas e um nome importante na vida institucional da OAB. Sua ausência será muito sentida”, afirmou o presidente da OAB, Beto Simonetti.
O advogado relatou a amigos ter ingerido metanol pouco antes de falecer. Segundo relatos, ele enviou a seguinte mensagem em um grupo de WhatsApp: “Desculpe os erros, tomei metanol”, pouco antes de parar de responder os contatos.
A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e o Ministério da Saúde investigam se a causa da morte realmente está relacionada à ingestão de metanol.
O enterro do advogado acontece nesta sexta-feira (3/10), em São Paulo.
Quem era Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco
Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco iniciou sua trajetória profissional em 1994 e, nos últimos 20 anos, dedicou-se à área criminal.
Ele atuou em casos de grande repercussão jurídica e política, como a Ação Penal 470, o chamado Mensalão.
O advogado também foi presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP na gestão de 2024 e teve papel ativo na articulação institucional em defesa do livre exercício da advocacia. Era reconhecido por sua formação sólida, firmeza técnica e participação nos debates sobre garantias profissionais, segundo a própria OAB.
Casos envolvendo metanol no Brasil
O Ministério da Saúde já confirmou pelo menos 59 casos suspeitos de intoxicação. Desses, 11 registros foram confirmados até o momento.
Nesta segunda-feira, o ministro da pasta, Alexandre Padilha, recomendou que as pessoas evitem o consumo de bebidas destiladas. Até o momento, não foi identificada a presença de metanol em cervejas ou outras bebidas.