MAIS

    Os argumentos de bolsonaristas para aprovarem projeto de Lula sobre IR

    Por

    Deputados bolsonaristas usam ao menos dois argumentos para justificar o voto favorável ao projeto do governo Lula que aumenta a faixa de isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

    A proposta foi aprovada pela Câmara na noite da quarta-feira (1º/10) por unanimidade. Todos os 493 deputados presentes no plenário da Casa, incluindo os da oposição bolsonarista, votaram a favor da matéria.

    4 imagensA deputada Caroline de Toni seria uma das cotadas para se candidatar ao Senado por Santa CatarinaSóstenes quer levar relator da anistia a famílias condenadas pelo 8/1O líder do PL, Sóstenes CavalcanteFechar modal.1 de 4

    Votação da reforma do Imposto de renda na Câmara

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo2 de 4

    A deputada Caroline de Toni seria uma das cotadas para se candidatar ao Senado por Santa Catarina

    Mário Agra/Câmara dos Deputados3 de 4

    Sóstenes quer levar relator da anistia a famílias condenadas pelo 8/1

    HUGO BARRETO/METRÓPOLES4 de 4

    O líder do PL, Sóstenes Cavalcante

    JÉSSICA MARSCHNER/METRÓPOLES @jmarschnerfotografia

    À coluna, a líder da minoria na Câmara, Caroline de Toni (PL-SC), argumentou que a oposição sempre apoiou a redução de impostos. “A direita é a favor da redução de impostos, então basicamente é uma pauta nossa”, disse.

    Já o líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que a oposição apoiou o projeto porque ” a compensação vai para os estados e municípios”. “Não vai para o governo federal”, argumentou.

    Leia também

    Entenda o projeto do IR

    O projeto aprovado pela Câmara prevê a isenção de IR para pessoas com renda mensal de até R$ 5 mil – ou R$ 60 mil ao ano – e desconto para quem ganha até R$ 7.350 por mês. Atualmente, está isento quem ganha até R$ 3.036.

    A estimativa é de que o aumento da faixa de isenção custe R$ 25,8 bilhões à União só em 2026. Para compensar essa perda de arrecadação, o projeto prevê tributar em até 10% rendimentos acima de R$ 600 mil por ano.

    Parte desse dinheiro arrecadado irá para estados e municípios. Essa previsão não constava no texto inicial enviado pelo governo ao Congresso e foi acrescentada pelo relator do projeto na Câmara, Arthur Lira (PP-AL).