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    Overclean: saiba quem são os outros alvos ligados a deputado do União

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    A coluna apurou com exclusividade que, além do deputado federal Dal Barreto (União Brasil), dois homens ligados a ele também foram alvos de medidas da sexta fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nessa terça-feira (14/10).

    Entre os investigados estão Ubaldo Neto (à esquerda), que se apresenta como empresário e seria supostamente operador financeiro do deputado, e Danilton Oliveira (à direita), apontado como laranja. Assim como Ubaldo, Danilton também se apresenta como empresário e costuma fazer campanha para o deputado nas redes sociais.

    A abordagem ao deputado Dal Barreto ocorreu no Aeroporto Internacional de Salvador e durou menos de 30 segundos, conforme apurou a coluna. O parlamentar foi interceptado por um delegado da Polícia Federal logo após passar pelo raio-x.

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    A ação foi técnica e discreta, sem causar tumulto, e passou despercebida pela maioria dos passageiros. O deputado foi informado de que era alvo da operação, teve o celular apreendido e seguiu com o delegado para uma sala reservada da PF no próprio aeroporto.

    A Operação Overclean cumpriu oito mandados de busca e apreensão, uma medida cautelar diversa da prisão e o sequestro de valores obtidos de forma ilícita nas cidades de Salvador (BA), Amargosa (BA) e Brasília (DF). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    A ação, que contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil (RFB), tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

    Histórico
    A Overclean foi iniciada em dezembro de 2024 para apurar um esquema milionário de corrupção envolvendo recursos públicos destinados a municípios por meio de emendas parlamentares.

    Desde a primeira fase, a PF identificou contratos superfaturados, licitações direcionadas e o uso de empresas de fachada para simular concorrência.

    Em etapas anteriores, os policiais apreenderam planilhas com mais de 100 nomes e codinomes relacionados ao esquema.

    Entre os investigados de fases anteriores estão empresários e políticos baianos, incluindo o empresário José Marcos de Moura, conhecido como Rei do Lixo, apontado como articulador político do grupo.

    Os investigados poderão responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.