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    Paquistão diz ter matado mais de 200 membros do Talibã no Afeganistão

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    O Exército do Paquistão afirmou que mais de 200 membros do Talibã e “terroristas aliados” foram mortos durante ataques paquistaneses no Afeganistão. A informação foi divulgada pelo porta-voz das Forças Armadas do país, tenente-general Ahmed Sharif Chaudhry, neste domingo (12/10).

    De acordo com o Serviço de Relações Públicas Inter-Serviços (ISPR), ao menos 21 instalações afegãs foram atingidas durante a operação realizada ao longo da fronteira entre os dois países.

    Militares paquistaneses afirmaram que a ação foi uma resposta a ataques do Talibã e do Tehrik-i-Taliban Pakistan (TPP), também conhecido como “Talibã paquistanês”, que opera a partir do Afeganistão.

    O grupo islâmico confirmou a ação. Segundo o Talibã, a ofensiva foi uma retaliação contra bombardeios paquistaneses na capital do país, Cabul, realizados no último dia 9 de outubro.

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    Após a recente crise entre Afeganistão e Paquistão, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou que 58 soldados paquistaneses foram mortos durante os combates na região fronteiriça entre os dois países. O número, contudo, é contestado por Islamabade, que confirma a perda de 23 combatentes.

    Mujahid, porém, disse que a operação afegã contra postos do Paquistão foi interrompida após um cessar-fogo mediado pelo Catar e Arábia Saudita. Até o momento nenhum dos países confirmou o acordo.

    Desde o retorno do Talibã ao poder, em 2021, hostilidades entre os dois países têm se intensificado. O governo paquistanês acusa o grupo islâmico de abrigar membros do TTP no Afeganistão, apontados como responsáveis por diversas operações contra forças do país ao longo da fronteira — supostamente apoiados pela Índia, inimiga histórica do Paquistão.