O metanol encontrado em bebidas alcoólicas apreendidas em São Paulo foi adicionado, e não produzido naturalmente pelo processo de destilação, de acordo com o Instituto de Criminalística da Polícia Científica.
“Pode-se afirmar, até o momento, e de acordo com as concentrações encontradas, que o metanol foi adicionado [às bebidas]”, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
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Peritos analisam destilados em SP
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Autoridades paulistas realizam operações contra a intoxicação por metanol em bebidas
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Autoridades apreenderam em um mercadinho mais de 40 garrafas de whisky, gin e vodca
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Procon participa da operação também
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Polícia de SP diz que investiga quatro casos de contaminação por metanol na capital e mais quatro na Grande SP
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Um estabelecimento nos Jardins, outro na Mooca, um na Vila Mariana e outro em São Bernardo foram interditados
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Entre terça e quarta, foram apreendidas 800 garrafas de bebidas alcoólicas suspeitas de adulteração
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Vigilância Sanitária trabalha em conjunto com a Polícia Civil de SP
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Duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em intoxicação por metanol
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Só nesta terça-feira, 112 garrafas de vodca foram apreendidas em diversos pontos da capital paulista
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Os bares estão sendo interditados de maneira cautelar
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Operação apreendeu 50 mil garrafas de bebidas adulteradas
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Vigilância Sanitária interditou alguns estabelecimentos em SP
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Segundo o último balanço divulgado pelo governo estadual, nessa terça-feira (7/10), o total de casos confirmados chegou a 18. Ao todo, são 176 notificações em todo o estado.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), 10 mortes são investigadas por relação com a contaminação por metanol. Três já foram confirmadas, a última delas de Bruna Araújo, mulher de 30 anos que morreu no último dia 2 de outubro, em São Bernardo do Campo, no ABC.
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Apesar do aumento do número de casos confirmados, o governo paulista descartou 38 novos casos após análises clínicas e epidemiológicas e outros 35 passaram a ser investigados. O total de notificações descartadas é de 85.
Números de intoxicação por metanol em SP
- 3 mortes confirmadas.
- 7 mortes sob investigação (sem contar as confirmadas).
- 18 casos confirmados por intoxicação por metanol em bebida adulterada.
- 158 casos em investigação de intoxicação por metanol (sem contar confirmados).
- 11 estabelecimentos interditados cautelarmente pelas Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal. Na capital: Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca, M’Boi Mirim e Cidade Dutra.; na Grande SP: Osasco (2), São Bernardo do Campo (1) e Barueri (1).
- 42 presos em operações contra a adulteração de bebida desde o início do ano, 21 deles nesta semana.
Tratamento de pacientes
Na sexta-feira (3/10), o governo paulista anunciou a compra e distribuição de 2 mil novas ampolas de álcool etílico, usado no tratamento de pacientes com intoxicação por metanol. A aquisição foi realizada pela Secretaria de Estado e destinada aos centros de referência estaduais.
Um novo protocolo promete agilizar a análise dos casos. Os testes em amostras de sangue e urina devem ser concluídos em até uma hora no Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) do Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (USP-RP).
Intoxicação por metanol
Altamente inflamável e tóxico à saúde humana, o metanol, também conhecido como álcool metílico, é incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum. Utilizado na formulação de tintas, combustíveis e adesivos, o composto também aparece, em pequenas quantidades, no processo de fermentação de frutas e vegetais.
Se consumido em grande quantidade, o composto químico pode causar cegueira e até ser letal. Por isso, segundo regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o limite permitido de metanol em destilados, em geral, é de 20 miligramas a cada 100 mililitros. Isso equivale, aproximadamente, a algumas gotas.