A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (8/10), a Operação Biometria Fake, com o objetivo de combater uma quadrilha especializada em fraudes bancárias contra a Caixa Econômica Federal (CEF). As investigações apontam que o grupo atuava na Baixada Fluminense (RJ), aplicando golpes com o uso de cadastros biométricos falsos para movimentar contas de terceiros.
Os agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreensão em residências localizadas em Duque de Caxias, além de executar quebra de sigilo telemático das investigadas. Durante a ação, foram apreendidos um telefone celular, um cartão bancário em nome de outra pessoa e documentos que serão periciados.
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As investigações começaram em 2024, a partir de uma notícia-crime encaminhada pela Caixa Econômica Federal. A instituição relatou que uma mulher conseguiu cadastrar sua biometria com o nome e os dados de uma correntista real, o que lhe permitiu realizar diversos saques indevidos da conta da vítima.
Com o avanço das apurações, a PF identificou uma organização criminosa atuante na Baixada Fluminense, voltada à criação de cadastros biométricos falsos para aplicar golpes em bancos e instituições financeiras. O grupo também é suspeito de falsificação de documentos públicos, estelionato e furto mediante fraude.
Uma das mulheres investigadas já possui antecedentes criminais por estelionato e organização criminosa. Segundo a PF, o grupo usava identidades falsas e manipulação de dados biométricos para driblar os mecanismos de segurança bancária e acessar contas de clientes sem levantar suspeitas imediatas.
As investigadas deverão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato, furto mediante fraude e falsificação de documentos públicos. A operação contou com o apoio da Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro e da área de segurança corporativa da Caixa Econômica Federal.